sexta-feira, 30 de abril de 2010

Construtoras já podem aprovar crédito imobiliário Projeto-piloto entre empresas e Caixa Econômica começou nesta semana; HM, da Camargo Corrêa, e MRV assinam primeiros contratos


O prazo entre comprar um apartamento enquadrado no programa Minha Casa, Minha Vida e conseguir a carta de crédito da Caixa Econômica Federal pode ficar menor. Um projeto-piloto do banco com algumas construtoras permitirá que elas acessem o sistema da Caixa, façam uma avaliação para a concessão de crédito e aprovem o financiamento habitacional. O cliente poderá sair do plantão de vendas com um contrato de financiamento aprovado. Essa situação já se concretizou para três clientes nesta quarta-feira, dia 15, em Campinas e em Indaiatuba, no interior de São Paulo.

A HM, do grupo Camargo Corrêa, e a mineira MRV, foram as duas construtoras que realizaram os primeiros processos de concessão de crédito imobiliário on-line para clientes. “Por enquanto estamos em fase de testes, mas a Caixa deve implantar esse sistema definitivamente”, afirma Henrique Bianco,  presidente da HM, que firmou, nesta quarta-feira, um contrato por meio do projeto-piloto, em Campinas.

O diretor-executivo de credito imobiliário da MRV, José Adib Simão, confirmou que dois contratos de financiamento habitacional foram fechados nesta semana pela construtora nesta modalidade - um em Indaiatuba e o outro também em Campinas. "O prazo para conseguir a carta de crédito caiu para quatro dias. Antes, ele levava pelo menos 20 dias."

Procurada pelo iG, a Caixa confirmou as mudanças. "A Caixa remodelou o formato de atuação dos correspondentes bancários e, atualmente, este novo modelo encontra-se em fase de teste", afirma o banco, em nota. Segundo a Caixa, os correspondentes farão toda a parte operacional dos processos habitacionais dentro do novo modelo, que entrará em operação definitivamente em maio.

Construtora pode até emitir cartão
A possibilidade existe porque as construtoras são enquadradas como correspondentes bancárias da Caixa, afirmam os executivos da MRV e da HM. “Podemos realizar outros serviços, como emissão de cartão de crédito, mas o interesse é na área habitacional”, afirma Bianco. A Caixa permitiu que as construtoras testassem o sistema por meio de um projeto-piloto. A experiência foi limitada aos três processos e as construtoras terão que aguardar o modelo entrar em vigor definitivamente para voltar a aprovar os financiamentos.

Hoje, o cliente precisa apresentar toda a documentação para que a própria Caixa Econômica aprove o financiamento. Com o novo sistema, tudo será feito pelos correspondentes imobiliários, inclusive a aprovação do crédito. Assim, o banco apenas vai atestar que o processo está em conformidade. "Em poucos dias, o cliente sairá do plantão de vendas com a carta de crédito na mão", diz Simão.

Fonte:  Site mrv

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A maioria das pessoas que resolvem fazer investimentos em imóveis para auferir renda, têm em mente obter um retorno de “X” por cento sobre o capital aplicado. E a substituição do “X” por um número varia conforme o país, o estado, a cidade, e, ainda, a época.

Nos países do chamado Primeiro Mundo, onde os investimentos financeiros em renda fixa dão retornos que para nós beirariam o ridículo (1% a 2% ao ano – porém com inflação próxima de zero), conseguir um rendimento locatício de 0,20% é motivo de festa.

Já no Brasil, nos tempos de inflação galopante, superior a dois dígitos mensais, não se cogitava nada menos do que 1% ao mês, mais atualização monetária. Uma taxa relativamente modesta quando comparada aos 3% reais que boa parte das instituições financeiras pagavam aos que nelas investiam seus recursos.

Mesmo com a estabilidade monetária, advinda do Plano Real, as autoridades monetárias não lograram reduzir a conhecida taxa Selic a patamares decentes, diante do contínuo temor do país sofrer um ataque especulativo internacional. Isso fez com que os aluguéis continuassem oscilando na casa do um por cento.

Apenas nos últimos tempos, quando a inflação foi praticamente dominada e mantida em percentuais toleráveis, forçando a redução da taxa oficial de juros, houve uma mudança no comportamento dos investidores imobiliários.

Assim é que, nos dias de hoje, tornou-se palatável uma remuneração média de 0,50% a.m. ou 6% anuais sobre o capital investido em imóvel, a título de aluguel, visto tratar-se de remuneração efetiva, já que a ela é acrescida a correção monetária. Como todos sabem, meio por cento é o rendimento pago pelas cadernetas de poupança, garantidas pelo Governo Federal, ao qual se soma a inflação medida pela variação da Taxa Referencial (TR).

Contudo, existe uma diferença descomunal entre aquele que aplica em imóvel e o que opta pela poupança. O investidor imobiliário conta com a certeza de que seu capital continuará se valorizando – afora o aluguel percebido -, enquanto que o investidor financeiro pode ter a inabalável convicção de que seu capital será corroído ao longo dos tempos pelos resíduos inflacionários não apurados pelos indexadores do mercado.

Evidentemente que alguém poderia contra-argumentar que não foram dados como exemplos outros tipos de aplicações financeiras, como as bolsas de valores e de mercadorias, as grandes somas de dinheiro que recebem uma especial atenção dos bancos etc., onde as remunerações dos capitais podem ser mais generosas. Só que, nesses casos, como é sabido e comprovado por precedentes históricos, há risco de perda do capital ou de parte dele, condição praticamente inexistente no ramo das locações.

Dito isso, é possível afirmar-se com segurança que aluguéis que correspondam a 0,50% do valor de compra podem e devem ser encarados como remuneração condizente. Abaixo desse porcentual, aconselha-se o investidor a rever sua posição, Acima dele, é certo que o locador fez um excelente negócio ao adquirir o imóvel.

Fonte: Fórum Imobiliário/Carlos A. Machado

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Especialistas recomendam que corretores relacionem todas as despesas do imóvel e uma previsão do condomínio antes da vender o bem

“Oportunidade de participar do plano Minha Casa, Minha Vida com subsídio de até R$ 23 mil.” Frases como essa se repetem nos anúncios de lançamentos imobiliários enquadrados no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. As ofertas destacam as facilidades de crédito e subsídios para aquisição de imóveis, mas a maioria não revela os custos de manutenção dos empreedimentos.

A informação é relevante para todas as famílias que compram um imóvel, mas ganha peso quando o apartamento é vendido a famílias de baixa renda, afirma Angélica Arbex, gerente da Lello Condomínios. Segundo ela, o risco de inadimplência no condomínio existe em todas as faixas de renda e o percentual de falta de pagamento está em 6,5% na cidade de São Paulo.

“Os corretores deveriam fazer um trabalho extra para vender imóveis para famílias de baixa renda, com a apresentação de todas as despesas de um apartamento e uma previsão da cota condominial”, afirma Angélica. "Eles também devem orientar que o condomínio é uma conta permanente para quem mora em apartamentos."

Procuradas pelo iG, as construturas Tenda, Mudar e CHL afirmaram que não podem informar os valores dos condomínios de seus empreendimentos porque a mensalidade é definida por administradoras terceirizadas. A HM, construtora do segmento econômico do grupo Camargo Corrêa, informou que os condomínios de seus empreendimentos para famílias de baixa renda devem custar cerca de R$ 100. A Caixa Econômica afirmou, em nota, que a administração dos condomínios não é responsabilidade do banco e que não possui uma estimativa de qual o valor ideal para a cobrança de condomínio.

Corte de custo é limitado

O custo de manutenção de um condomínio depende das opções que ele oferece, como salão de festas, playground e elevadores. A maioria dos condomínios do Minha Casa, Minha Vida direcionados a famílias de até três salários mínimos é formado por blocos com até cinco andares, sem elevador, divididos em unidades de cerca de 40 metros quadrados. Mesmo sem luxos, as despesas básicas como portaria, material de limpeza, impostos e pessoal, não são inferiores a R$ 20 mil, afirma Henrique Bianco, presidente da HM.

Para cortar custos, os moradores precisam decidir se querem abrir mão de serviços oferecidos dentro do condomínio. Entre as possibilidades, Bianco sugere a substituição da portaria 24 horas por portão eletrônico e cerca elétrica. “Uma portaria 24 horas custa R$ 7 mil por mês para o condomínio de qualquer porte”, diz. Outra alternativa é dispensar funcionários encarregados de limpeza ou pintura do prédio e organizar mutirões entre os moradores para a realização dos serviços.

Subsídio das contas

Uma hipótese apontada para a redução do valor do condomínio dos apartamentos do Minha Casa, Minha Vida é a concessão de subsídios do governo para serviços de água e luz dos empreendimentos. A medida está em discussão no Sindicato da Habitação (Secovi), que deve apresentar uma proposta sobre o tema para o governo federal. “O poder público terá de participar da administração desses condomínios”, afirma Hubert Gebara, vice-presidente de administração imobiliária e condomínios do Secovi-SP.

Para ele, a atuação do governo após a entrega dos empreendimentos evitará falhas como as ocorridas nos conjuntos habitacionais Cingapura, criados em 1994 em São Paulo. Os empreendimentos chegaram a registrar 85% de inadimplência, abandonos e ligações clandestinas de luz e água.

O programa Minha Casa, Minha Vida oferece subsídio de até R$ 23 mil para a aquisição da casa própria, mas não para a manutenção das unidades. Ao todo, o projeto prevê a construção de 1 milhão de casas populares, 40% delas voltadas para famílias com renda de até três salários mínimos.

Famílias vão morar em condomínio pela primeira vez
Especialistas recomendam que moradores recebam orientação sobre regras para convivência em condomínios para evitar conflitos

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Orientação


A maioria das construtoras não oferece serviços de orientação para os moradores, pois elas não são responsáveis pela administração do empreendimento. Há algumas exceções, como a HM, que desenvolve um projeto de assistência social aos moradores durante dois meses após a entrega das chaves. O programa existe desde 2006 e, coincidentemente, também se chama Minha Casa, Minha Vida. Nele, há reuniões dos moradores, nas quais psicólogos e assistentes sociais os orientam na escolha do síndico e na definição de normas do condomínio.


Para o presidente da HM, Henrique Bianco, a orientação é essencial para a sustentabilidade do empreendimento e do bairro. “Se as construtoras não desenvolverem essas atividades nos lançamentos do Minha Casa, Minha Vida para famílias de até três salários mínimos, o poder público terá de fazer”, afirma. O executivo também ressalta que o projeto beneficia a construtora, pois ela é responsável pela estrutura do edifício por cinco anos após a entrega dos apartamentos.


A futura moradora do empreendimento Praças Sumaré, Sofia Lisboa, afirma que, sem a orientação dos profissionais, os vizinhos sentiriam dificuldades em organizar o condomínio. “As decisões foram dos moradores, mas a iniciativa de formar comissões para discutir as questões do condomínio foram da assistente social", afirma. "Sem ela, ninguém saberia por onde começar.”
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Fonte:  Marina Gazzoni, iG São Paulo











terça-feira, 20 de abril de 2010

CUIDADOS NA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS (mais uma vez estou postando este assunto, em razão da sua importância)

A compra de um imóvel é sempre um investimento de vulto. Precisa, portanto, ser uma operação cercada de uma série de cuidados legais.

Em primeiro lugar, é indispensável analisar-se a situação legal do bem. Deve-se solicitar ao Ofício Imobiliário uma certidão da respectiva matrícula, onde estarão anotados quaisquer ônus que incidem sobre o mesmo. Em se tratando de casa, é sempre bom certificar-se de que a construção foi averbada; se tratar de um apartamento em construção, a incorporação do edifício deve estar registrada (neste caso, examine-se o memorial descritivo e as plantas da obra).

Em seguida, a idoneidade do vendedor necessita ser verificada. Para tanto, deve o comprador certificar-se de que não há contra o alienante ações judiciais ou protestos de títulos capazes de levá-lo à insolvência. A obtenção de certidões negativas expedidas pelo Judiciário e pelos cartórios competentes em nome do proprietário e do seu cônjuge (ou companheiro, se for o caso) esclarecem o adquirente nesse aspecto.

Também é essencial confirmar se as despesas condominiais ou taxas de água e saneamento, a taxa de energia elétrica e o IPTU incidentes sobre o imóvel estão em dia. Para os mais zelosos, indica-se investigar a situação fiscal do vendedor, solicitando a apresentação de negativas das fazendas municipal, estadual e federal e do INSS.

Na hora de assinar a escritura ou o contrato de promessa de compra e venda, veja como as prestações serão atualizadas. Como atualmente há pouca diferença entre os indexadores que apuram a inflação, maior atenção precisa ser dada aos juros remuneratórios que muitos cobram. Meio por cento a mais ou a menos pode significar uma boa diferença na conta final.

Caso a entrega das chaves do imóvel dependa de algum fato, ele deve estar plenamente identificado no contrato. Nas operações envolvendo imóvel alugado, o comprador deve exigir que o vendedor apresente a notificação encaminhada ao inquilino, dando-lhe o direito de preferência. Nos negócios abrangendo imóveis na planta, a data prevista para a expedição da respectiva carta de Habite-se deve estar expressamente indicada, contendo dia, mês e ano. Não aceite cláusula que preveja a entrega em tantos "dias úteis", e/ou com exclusão dos "dias chuvosos" etc.

A clareza da cláusula que estipula as perdas e danos que um contratante deverá suportar caso rescinda o ajuste é de fundamental importância nos tempos que correm. Nela, deverá estar perfeitamente identificado o que é indenizável. Embora a compra e venda entre particulares não esteja subordinada ao Código de Defesa do Consumidor, os juízes não têm mais aceito a estipulação de altas multas ou, pior, a perda total das quantias pagas pelo comprador, baseando-se, para tanto, em dispositivos do novo Código Civil.

Por fim, não se pode esquecer, jamais, uma frase que antigamente era vista nas capas que os Cartórios de Imóveis forneciam: "Quem não registra não é dono". De fato, deixar de levar a registro a escritura ou o contrato pode trazer sérios aborrecimentos ao adquirente.


Fonte:  Carlos A. Machado, Consultor Qualis
 

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Aos 50 anos, Brasília vive ‘boom’ imobiliário Cidade registrou crescimento de mais de 80% em cinco anos. Foco do setor é expandir para cidades satélites e entorno.

Aos 50 anos, Brasília vive um crescimento acelerado do setor imobiliário. Apesar das limitações impostas pelo plano arquitetônico da capital, que proíbe a construção de prédios com mais de seis andares e impede a modificação do desenho original da cidade, o ramo cresceu mais 80% nos últimos cinco anos. A estimativa é da Associação do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi). Para atender a procura por imóveis, o foco, segundo empresários do setor, é expandir para cidades satélites, como Samambaia e Ceilândia.

Com o déficit de oferta no Plano Piloto- zona central do DF- e o consequente aumento dos preços dos imóveis, a classe média procura apartamentos espaçosos e mais baratos, mesmo que mais distantes do centro. A expectativa para 2010 é um avanço de 20% no setor imobiliário, segundo o presidente da Ademi, Alberto Valadao.

“O mercado do Distrito Federal é muito aquecido. A estratégia agora é expandir para as cidades satélites, com prédios modernos, áreas de lazer, e mais baratos”, disse. O preço em conta, no entanto, não costuma durar muito. Quando os primeiros apartamentos de luxo foram lançados no bairro de Águas Claras, a 19 km de Brasília, o metro quadrado custava R$ 1,5 mil. Cerca de cinco anos depois, o preço passou para R$ 4 mil.

O mais novo empreendimento da capital é o Setor Noreste, que oferece projetos de apartamentos de luxo com amplo complexo de lazer. O novo bairro, lançado em junho de 2008, ainda está em construção, mas o preço dos apartamentos tem aumentado de forma acelerada. O metro quadrado já custa entre R$ 8,5 mil e R$ 14 mil.    Investir em imóveis em Brasília é lucro certo. Não tem como perder dinheiro, é um investimento seguro. Os preços tendem a aumentar porque a procura é maior do que a oferta"

“Investir em imóveis em Brasília é lucro certo. Não tem como perder dinheiro, é um investimento seguro. Os preços tendem a aumentar porque a procura é maior do que a oferta”, explicou o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis, Hermes Alcântara Filho.

O presidente da Ademi também reforça que a capital oferece condições seguras de investimento. Segundo Valadão, o mercado imobiliário foi pouco afetado pela crise financeira internacional. Vários funcionários públicos moram na cidade, que possui a maior renda per capita do país. “O funcionário público tem convicção de que não vai perder o emprego ou ter o salário reduzido. Por isso, durante uma crise, não deixa de comprar”, afirma Valadão.

Crédito imobiliário

Um dos fatores da expansão do setor imobiliário no DF é o aumento do crédito concedido por bancos tanto para o financiamento de construções, quanto para a compra. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, passou de um empréstimo ao setor de R$ 142,2 milhões, em 2005, para R$ 1,79 bilhões em 2009. A expectativa do banco para 2010 é disponibilizar R$ 1,95 bilhões.   A tendência é o aumento continuado do crédito, que vai provocar aquecimento da demanda e da oferta. Os preços, no entanto, devem continuar a subir, porque a procura ainda é maior e deve continuar assim"

O Banco do Brasil começou a fornecer crédito imobiliário no DF em julho de 2008 e já pretende empresar R$ 7 bilhões para o setor ao longo de 2010. Já o Banco de Brasília, que também começou a atuar na área há dois anos, passou de um financiamento de R$ 136,1 milhões, em 2008, destinados compra e construção de imóveis, para R$ 187,66, em 2009.

Segundo Alcântara Filho, o aumento da concessão de crédito estimulou tanto a procura quanto a oferta. “A tendência é o aumento continuado do crédito, que vai provocar aquecimento da demanda e da oferta. Os preços, no entanto, devem continuar a subir, porque a procura ainda é maior e deve continuar assim”, disse.



Fonte:    Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O comportamento da exclusividade na prática de comercialização de imóveis


São Paulo, SP - A Century 21 Brasil, em cooperação com agências internacionais da marca, realizou pesquisa para identificar características que movimentam o mercado imobiliário ao redor do mundo.



Dados sobre o comportamento da concessão de exclusividade fazem parte das informações compiladas pela Century 21 Brasil e suas congêneres internacionais. Foram respondidos 5.500 questionários, por clientes do Brasil, Portugal, França, Bélgica, Estados Unidos e Colômbia, entre outros países.


Cada agência foi incumbida de realizar as pesquisas com clientes e moradores de classe média alta, nas regiões onde estão localizadas. Por sua vez, também foram convocadas a apontar aspectos do mercado, de acordo com suas experiências corporativas.



A Century 21 concluiu que cresce no mercado imobiliário da cidade de São Paulo - tanto de oferta, quanto de procura - a opção por negócios que têm cláusulas de exclusividade, sistema pouco adotado em outras localidades.


“Na pesquisa realizada foi possível perceber que em algumas cidades as pessoas já estão sentindo a diferença em realizar suas transações com imobiliárias que lhes concedam vendas ou compras exclusivas”, comenta Júlia Frate, relações públicas da Century 21 Brasil e responsável pela pesquisa.


Mercado paulista - A executiva comenta que, por exemplo, a Century 21 Coelho Fonseca, de Piracicaba (sem ligação com a Coelho da Fonseca paulistana), possui em sua carteira de produtos uma média de imóveis exclusivos que chega a 90%.


A Century 21 House, de Sorocaba, detém média entre 20% a 30% de imóveis exclusivos, todos representados por casas.


“Por outro lado, (o mercado da) cidade de Bauru dá mostras de encontrar dificuldade para entender como funciona a exclusividade, visto que a Century 21 Golden Liberty informou não alcançar 10% de ofertas exclusivas, uma porcentagem muito baixa”, avalia Júlia Frate.


Sul, Sudeste, Norte e Nordeste - As agências Century 21 Brasil em Santa Catarina, Espírito Santo e Rio Grande do Norte possuem 10% a 40% de imóveis exclusivos em suas carteiras de produtos, diz a executiva.


“A maioria dos exclusivos é de apartamentos, complementando com alguns imóveis comerciais. Em Pernambuco, o número de imóveis exclusivos aumenta consideravelmente, para 90% a 100%, concentrando-se em duplex e condomínios fechados”, aponta Júlia Frate.


Exterior - A executiva comenta ainda: “Assim como em Pernambuco, as Agências Century 21 entrevistadas na Bélgica reportaram uma porcentagem grande em relação aos imóveis exclusivos, especificamente entre 90 a 100%, mostrando que naquele País este modelo funciona muito bem. Já em Portugal, as Agências mostraram um número bastante diferenciado, que varia entre 30 a 90%, dependendo da região onde se encontram”, finaliza Júlia Frate.


Fonte: Imovelweb 

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Marketing Imobiliário: conheça as estratégias da planta à cobertura Empresas do setor aproveitam o bom momento para atrair o consumidor e se diferenciar

O setor imobiliário vem crescendo junto com o crédito disponível para os brasileiros. Tijolo por tijolo, parcela por parcela, os consumidores caminham juntos com as construtoras e já planejam e executam o projeto de aquisição do imóvel próprio com cada vez mais freqüência. É verdade que o boom imobiliário que o país vive tem uma grande parcela de responsabilidade pelo aumento da demanda. O resto é com o Marketing mesmo.

Com tantas ofertas, como fazer o inquilino optar pelo financiamento de uma ou outra construtora? Com ou sem argamassa, o Marketing das empresas precisa construir um relacionamento forte e confiável para fazer com que o consumidor encaixe a chave na maçaneta do prédio que ela construiu.

Seja na planta ou na apresentação do apartamento – ou casa -, o que o cliente quer é se encantar com a proposta. E esta proposta não se baseia em letras espalhadas por papéis oficiais de um contrato, mas sim pelo que o empreendimento oferece para ele e sua família.

Mudança nas estratégias
Com vinte anos neste mercado, a Eugênio Marketing Imobiliário apostou na profissionalização do Marketing neste setor. “As empresas eram menores e todas as questões de marketing eram resolvidas em segundo plano”, conta Carlos Valladão (foto), Presidente da empresa do Grupo Eugênio.

Para outros executivos do setor, o cenário não mostra tantas mudanças nas estratégias de Marketing. De acordo com Paulo Pôrto, Diretor de Marketing e Vendas do grupo Klabin Segall, a maioria das empresas ainda oferece o mesmo conceito: casa, família, sorrisos e imagens. “Como um todo não mudou muito, mas a Klabin Segall adotou o sonho, o intangível do negócio como estratégia, já que o imóvel é o sonho da vida da maioria das pessoas”, acredita Pôrto.

De acordo com ele, o cliente que fica cinco, dez anos sonhando com a casa própria precisa ser comunicado de uma forma lúdica. “Ninguém comunica cerveja dizendo que tem lúpulo ou sementes do oriente médio. Colocam uma mulher bonita para chamar a atenção do consumidor, por exemplo”, compara o Diretor da Klabin Segall em entrevista ao Mundo do Marketing.

Diferenciando tijolo de tijolo
Partindo do princípio de que o setor imobiliário oferece um produto commodity, é preciso que as empresas busquem a diferenciação da concorrência desde a planta até a cobertura mobiliada do empreendimento. “Confiabilidade e credibilidade são dois grandes chavões deste setor. Partimos do princípio de compromisso com projetos de vida, devido ao tempo que o imóvel estará presente na vida do cliente”, aponta Rafael Rossi, Gerente de Marketing Institucional da Rossi.

De acordo com Rossi, vender um produto imobiliário requer responsabilidade porque existe um compromisso com as pessoas, já que elas vão viver naquele lugar. Isto mexe com o emocional do consumidor e é um trabalho de relacionamento em longo prazo.

A busca pela diferenciação é simples para Paulo Pôrto (foto). Basta que o setor responsável pela comunicação das empresas pare e pense nas estratégias que estão fazendo e nas que virão pela frente. Segundo ele, é preciso que o Marketing não fique no lugar comum. “Para se diferenciar é necessário usar o Marketing alternativo, o boca-a-boca, ser diferente, mas com bom custo para o cliente”, avalia Paulo Pôrto, da Klabin Segall.

Oferta X demanda
Para explicar o que o consumidor leva em consideração na hora de escolher o seu lar, o empresário do setor imobiliário, Donald Trump, definiu em três palavras: localização, localização e localização. Porém, na realidade de diversos brasileiros este não é o principal atributo para a tomada de decisão. Além da localização, é preciso destacar outros itens de um empreendimento.

“Precisamos respeitar a inteligência do consumidor e parar com a comunicação “burra” que mostra uma planta, as dependências do prédio, condomínio, entre outros”, alerta Carlos Valladão, da Eugênio Marketing Imobiliário. “Procuramos o encantamento, o conceito do negócio. Procuramos conhecer profundamente o produto que temos e ser agressivo no preço”, completa em entrevista ao Mundo do Marketing.

Segundo Paulo Pôrto, são poucas as características de um imóvel que decidem a compra, mas existem variáveis muito importantes. “O cliente hoje compra um espaço de convivência para a família, amigos e com o comércio próximo. O espaço dele é primordial”, diz. O Diretor de Marketing e Vendas do grupo Klabin Segall mais uma vez cita o setor de bebidas como exemplo. “Todas as marcas de cerveja vendem o produto gelado. Em todos os pontos-de-venda encontramos cerveja em garrafa e qualquer uma estará gelada e pronta para ser consumida”, conta.

Novas mídias e criatividade resultam em inovação
A Internet também invadiu as obras e entra nos condomínios sem tocar o interfone. É cada vez mais comum a pesquisa por apartamentos e casas pela web antes da visita pessoal ao local. Esta já é uma das melhores formas de atingir o consumidor, aponta Carlos Valladão, da Eugênio. “A Internet tem um papel fundamental no alcance dos clientes através de ações promocionais”, diz.

Uma das ações promocionais da Eugênio Marketing Imobiliário envolveu o lançamento de um empreendimento no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, há cerca de três anos. A ação começou com um movimento criado através de um blog com bandeiras dos times de futebol do Rio de Janeiro e o mote “Eu sou da Lapa”. “Esta ação em conjunto com outras mídias tradicionais e alternativas resultou em seiscentas unidades vendidas em aproximadamente duas horas”, conta Valladão.

Descendo no mapa, saindo do Rio de Janeiro e indo para Porto Alegre, a Rossi desenvolveu uma ação de Marketing de Guerrilha na capital gaúcha. Em um terreno onde seria construído um empreendimento da empresa, foram colocados tapumes para cercar o espaço. Usando a cor azul da marca na época, os tapumes foram pintados e a produção colocou bonecos simulando curiosos tentando ver o que tinha atrás da cerca azul, pendurados nos tapumes.

De acordo com Rafael Rossi (foto), o resultado foi uma grande assimilação da marca e o sucesso na estratégia de branding da construtora. A ação também foi feita na Internet, através do Second Life. “Reproduzimos um prédio ainda não construído em parceria com uma loja de móveis e aumentamos os investimento em links patrocinados devido a eficácia da web neste setor”, conta Rossi ao site.

Investimento em Marketing
Se no ponto-de-venda do varejo tradicional a meta é oferecer experiência ao consumidor, no setor imobiliário não poderia ser diferente. O ambiente onde é feita a escolha do produto é cada vez mais fiel ao que o consumidor vai encontrar quando abrir a porta de sua moradia. “O nosso stand de vendas consome cerca de 30% da verba de Marketing por ser um produto de alto valor agregado. Tem que estar muito bem ambientado e integrado com a campanha geral e ser um ambiente agradável”, afirma Paulo Pôrto, da Klabin Segall.

Entre as estratégias de captação de clientes da Klabin Segall, a que traz mais resultado é a que foca no consultor no PDV. Para isso, é necessário saber atuar com cada público. “Se estou lançando um produto de R$ 6 milhões, o corretor deve falar outras línguas fluentemente. Se for um estabelecimento de R$ 70 mil, o profissional deverá saber falar a língua deste público. É preciso se adequar às necessidades”, calcula Pôrto.

Está se tornando comum para as empresas do setor imobiliário investirem em Marketing de olho no ponto-de-venda. Segundo Rafael Rossi, R$ 30 milhões da verba de Marketing vão para os stands da empresa todo ano. Na Klabin Segall, os números giram em torno de R$ 60 milhões. Tudo para fazer o consumidor investir na planta hoje e colher os frutos amanhã.


Por Thiago Terra, do Mundo do Marketing

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ciclo de debates sobre mercado imobiliário do DF aborda a importância dessa ferramenta para as vendas. Evento é uma parceria do Grupo Comunidade de Comunicação e WImóveis

Na primeira mesa do debate, representantes do mercado imobiliário abordaram a importância do marketing. Na primeira mesa do debate, representantes do mercado imobiliário abordaram a importância do marketing.    Os investimentos na área de comunicação com o objetivo de alcançar sucesso nas vendas e, sobretudo, dar visibilidade à marca da empresa foram o ponto principal apontado como essencial nas estratégias de marketing voltadas para o mercado imobiliário, tema da abertura do ciclo de palestras promovido pelo Grupo Comunidade de Comunicação em parceria com o WImóveis.


O evento ocorreu na terça-feira (30), no auditório da Comissão da Indústria Imobiliária (Sinduscon-DF), e contou com o apoio da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF), Associação dos Notários e Registradores (Anoreg-DF), Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 8ª Região (Creci-DF), Sindicato dos Gestores e Técnicos Corretores de Imóveis (Sindigeci-DF) e do Sindicato da Habitação (Secovi-DF), além da presença de publicitários e marqueteiros da cidade e que atendem os clientes do setor imobiliário da capital.


Segundo Fernando Brettas, presidente do Sindicato das Agências de Propaganda do DF (Sinapro), a tecnologia foi um dos fatores que mais impactaram nas ações de marketing das empresas na última década. Por conta disso, as agências que atendem à demanda do setor imobiliário travam um desafio a cada trabalho realizado.


“Hoje, o nosso cliente deve estar consciente da importância de uma propaganda para sua empresa, assim como conhecer as restrições que sofremos no nosso trabalho. Não podemos mais utilizar crianças de cinco a 12 anos nas propagandas, isso é uma regulamentação e não podemos mudar. Ou seja, não posso mais colocar crianças brincando no playground para vender um empreendimento, apesar de muitos clientes pedirem”, explica Brettas.


Internet é eficaz na propaganda de imóveis


O investimento em propagandas via internet vem se mostrando eficaz para a maioria das empresas. Segundo Marco Noleto, diretor de criação da Agência Plá, um dos pilares para essa ação é a mudança de comportamento dos clientes. “Em 2009 atendemos a conta da Terracap e fizemos boa parte do nosso trabalho pela internet. O número de lotes vendidos aumentou significativamente, visto que o edital e as condições para o pagamento estavam disponíveis na web. De acordo com alguns levantamentos e estudos nessa área, a web ajuda a finalizar cerca de 30% das vendas dos imóveis hoje em todo o país”.


Peter Gabriel Sola, sócio-diretor da Agência Radiola, acredita que a ação mais importante do marketing imobiliário seja o investimento na comunicação interna da própria empresa. “Quando pensamos em propaganda estamos falando de planejamento, pesquisas e, sobretudo, investimento em comunicação. Mas o ponto fundamental de um projeto de propaganda para uma construtora é o incentivo e a valorização daquele que contribui para a finalização do nosso trabalho, o corretor”, ressalta Peter.


O ciclo de palestras tem o apoio da Ademi-DF, Sinduscon-DF, Comissão da Indústria Imobiliária, Anoreg-DF, Creci-DF, Sindigeci e Secovi-DF.

A busca do diferencial

“O fator primordial da comunicação é a pertinência da informação”, afirmou, categoricamente, Cláudia Pereira, diretora da Agência Gabinete C, responsável pela conta da empresa PaulOOctavio Empreendimentos Imobiliários. Segundo ela, os donos de construtoras devem estar atentos aos produtos disponíveis no mercado. “Hoje, a nossa maior preocupação é entregar um produto que não seja mais um no mercado. Na década de 90 a maioria das propagandas era como “bula de remédio”, ou seja, aquele folheto com uma família feliz e informações sobre o empreendimento. Isso não pode mais ocorrer. Temos de nos adequar ao desenvolvimento tecnológico e, sobretudo, inovar”, afirmou.


A questão do investimento na marca da empresa foi levantada no evento, que buscou expor o funcionamento, dificuldades e benefícios de um plano de marketing. “Mais importante que investir em propagandas durante o lançamento de um empreendimento é buscar estratégias para que o nome da empresa se mantenha no mercado”, salientou Rodrigo Bendelar, diretor da Agência Perceptiva.
Publicitários e marqueteiros formaram a segunda mesa do debatePublicitários e marqueteiros formaram a segunda mesa do debate


Em sua participação, ele chamou a atenção do processo que é a comunicação. “Uma boa campanha envolve comprometimento e valorização dos funcionários que atuam na construtora e da agência de propaganda. Trabalhar com pessoas comprometidas influi diretamente na qualidade do produto. A Perceptiva, em Brasília há dois anos, tem a equipe formada unicamente por brasilienses”, ressaltou.


A palestra sobre marketing imobiliário abordou, entre outras coisas, a influência do cliente como ditador de tendências. “É o cliente que exige um produto de qualidade e interage com a comunicação”, disse Mariangela Figueiredo, diretora da Agência Atitude. Na tentativa de alcançar a excelência do produto, a Atitude desenvolve um trabalho em cima da relação entre a agência de propaganda e a construtora, bem como os corretores. “Nos nossos projetos tentamos conceituar o produto realizando um trabalho conjunto com a empresa e suas equipes, ou seja, nós nos envolvemos com arquitetos e corretores. Esse é o sucesso da nossa fórmula para desenvolver uma comunicação eficaz e inovadora”, concluiu Mariangela.


 Fonte: Sheila Oliveira/Redação Jornal da Comunidade

 

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Valor de imóvel não deve ser atualizado na declaração de IR


Esqueça que a prefeitura atualizou o valor venal dos imóveis em Belo Horizonte, reajustando o IPTU em até 150%. Esqueça que o mercado imobiliário está aquecido na capital e que os apartamentos chegaram a dobrar de preço em determinados bairros. Não há como fazer qualquer tipo de atualização monetária dos imóveis na sua declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física 2010, que deve ser entregue até o dia 30. Ao preencher o formulário, portanto, o contribuinte deverá se limitar a copiar o valor do bem lançado da primeira vez.

“Sempre oriento os meus colegas de trabalho a repetir o valor do imóvel no programa. Também faço o mesmo, informando R$ 42 mil. Mas, este ano, o meu apartamento foi para R$ 100 mil na avaliação da prefeitura e fiquei com medo. Será que eles vão me pegar?”, pergunta M., funcionário da Copasa e morador do Bairro Jardim América, que pede para ficar no anonimato. Ele está receoso porque pretende financiar imóvel de R$ 100 mil e imagina que terá de pagar 15% de Imposto de Renda sobre o ganho de capital apurado na venda. Se confirmada, a despesa será de R$ 8,7 mil (15% sobre a valorização de R$ 58 mil). “Na época em que comprei, estava desvalorizado e não atinei para o fato”, diz.

“O contribuinte fez tudo corretamente e não precisa ter medo, pois parece que não irá pagar um único centavo de IR na mudança do imóvel”, ensina o tributarista Janir Adir Moreira, consultor da coluna Em Dia com o Leão, publicada às terças, quintas e sábados no Estado de Minas. Ele lembra que está livre de pagar o lucro imobiliário o contribuinte dono de um único imóvel residencial, que faça só uma venda e que destine o produto dessa venda à compra de um imóvel para moradia no prazo de seis meses, dentro do limite de R$ 440 mil, e que essa seja a única venda de imóvel realizada por ele nos últimos cinco anos. O alívio foi oferecido aos donos de imóveis com a Lei 1.196, de 2005.

Para o funcionário da Copasa, a notícia vem em boa hora. “Conheço diversas pessoas que também estão preocupadas e que, como eu, têm apenas a casa própria. Eu até comprei um lote há alguns anos, mas está parado e não vai influenciar na declaração do IR. Estou mais aliviado”, afirma. M. informa também que, em 2009, investiu em torno de R$ 15 mil em reforma no apartamento para troca do piso, além de substituição das instalações elétrica e hidráulica.

A realização de obras de melhorias e benfeitorias no imóvel, desde que comprovadas com nota fiscal, são a única forma de agregar valor ao bem na declaração do IR. Ainda assim, a informação poderá chamar a atenção dos fiscais da Receita para uma transação imobiliária hipoteticamente declarada com valor inferior ao real no ano anterior. Na opinião da Moreira, as benfeitorias no imóvel terão de ser comprovadas apresentando as notas fiscais dos depósitos de materiais de construção e outros recibos de despesas. “Já a mão-de-obra da construção civil tem de ser contratada. Ou entrega para construtora ou assina a carteira”, alerta.

Susto

“O ganho de capital está sendo muito grande para as pessoas e isso assusta na hora de pagar o imposto sobre o lucro. Mas elas se esquecem de que a alíquota é de apenas 15% sobre o ganho de capital, enquanto sobre os outros é de 27,5%”, afirma Moreira, que é vice-presidente da Associação Brasileira de Direito Tributário (Abradt). Ele explica que é proibido atualizar o valor dos imóveis na declaração pelo simples motivo de que o cálculo da apuração do lucro imobiliário é feito considerando o valor da venda menor do que o valor da compra. “Se eu comprei por R$ 500 e vendi por R$ 1 mil, eu lucrei R$ 500, independentemente de a prefeitura ter ou não avaliado o meu imóvel por R$ 700. Se o contribuinte atualizasse o valor de custo do imóvel, terá ganho de capital menor que o efetivo. Neste caso, está sujeito a cair na malha fina, pois não terá como comprovar de onde vem esse dinheiro”, completa.

Por fim, uma prática que é tão cotidiana entre os brasileiros que motivou a Receita Federal a desenvolver um plano especial de fiscalização nas transações imobiliárias. “No mercado de compra e venda de imóveis é corriqueira a convenção entre partes de declaração de compra e venda de imóvel por valor inferior ao efetivo”, alerta o advogado Antonio Gonçalvez, pós-graduado em Direito Tributário pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Ele alerta que, além de o ato ter que ser formalizado em cartório por meio da escritura, com a concordância entre as partes, existe um terceiro interessado na transação. O corretor de imóveis deve informar o valor da sua comissão na Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob).


Fonte: Sandra Kiefer - O Estado de Minas

quarta-feira, 7 de abril de 2010

São Paulo é a quinta cidade do mundo que mais constrói imóveis corporativos

Segundo pesquisa da Colliers International, a cidade entregará 1.500.000 m² de área construída nos próximos anos.

Em pesquisa realizada pela Colliers International, em 61 países e 154 mercados, a cidade de São Paulo aparece como a 5ª cidade com maior quantidade de novos metros quadrados para serem entregues nos próximos anos.

O levantamento aponta que 1.500.000 m² de novas áreas entrarão no mercado entre construções e projetos. Desse estoque, 50% deverão estar no mercado até o final de 2013.

A pesquisa foi realizada em dezembro de 2009 e considerou edifícios classe A ou A+ no mercado imobiliário corporativo. A cidade líder para entrega de áreas construídas é Moscou (Rússia) com 4.046.000 m², seguida por Cantão (China) - 3.226.038 m² -, Dubai (Emirados Árabes) - 2.231.190 m² - e Xangai (China) - 2.200.00 m².

O Rio de Janeiro ocupa o 26° lugar neste ranking, com 330.000 m² para serem entregues no mesmo período que São Paulo.

Fonte: Administradores.com.br

sábado, 3 de abril de 2010

Quanto deve custar um aluguel ?


A maioria das pessoas que resolvem fazer investimentos em imóveis para auferir renda, têm em mente obter um retorno de “X” por cento sobre o capital aplicado. E a substituição do “X” por um número varia conforme o país, o estado, a cidade, e, ainda, a época.





Nos países do chamado Primeiro Mundo, onde os investimentos financeiros em renda fixa dão retornos que para nós beirariam o ridículo (1% a 2% ao ano – porém com inflação próxima de zero), conseguir um rendimento locatício de 0,20% é motivo de festa.





Já no Brasil, nos tempos de inflação galopante, superior a dois dígitos mensais, não se cogitava nada menos do que 1% ao mês, mais atualização monetária. Uma taxa relativamente modesta quando comparada aos 3% reais que boa parte das instituições financeiras pagavam aos que nelas investiam seus recursos.





Mesmo com a estabilidade monetária, advinda do Plano Real, as autoridades monetárias não lograram reduzir a conhecida taxa Selic a patamares decentes, diante do contínuo temor do país sofrer um ataque especulativo internacional. Isso fez com que os aluguéis continuassem oscilando na casa do um por cento.





Apenas nos últimos tempos, quando a inflação foi praticamente dominada e mantida em percentuais toleráveis, forçando a redução da taxa oficial de juros, houve uma mudança no comportamento dos investidores imobiliários.





Assim é que, nos dias de hoje, tornou-se palatável uma remuneração média de 0,50% a.m. ou 6% anuais sobre o capital investido em imóvel, a título de aluguel, visto tratar-se de remuneração efetiva, já que a ela é acrescida a correção monetária. Como todos sabem, meio por cento é o rendimento pago pelas cadernetas de poupança, garantidas pelo Governo Federal, ao qual se soma a inflação medida pela variação da Taxa Referencial (TR).





Contudo, existe uma diferença descomunal entre aquele que aplica em imóvel e o que opta pela poupança. O investidor imobiliário conta com a certeza de que seu capital continuará se valorizando – afora o aluguel percebido -, enquanto que o investidor financeiro pode ter a inabalável convicção de que seu capital será corroído ao longo dos tempos pelos resíduos inflacionários não apurados pelos indexadores do mercado.





Evidentemente que alguém poderia contra-argumentar que não foram dados como exemplos outros tipos de aplicações financeiras, como as bolsas de valores e de mercadorias, as grandes somas de dinheiro que recebem uma especial atenção dos bancos etc., onde as remunerações dos capitais podem ser mais generosas. Só que, nesses casos, como é sabido e comprovado por precedentes históricos, há risco de perda do capital ou de parte dele, condição praticamente inexistente no ramo das locações.





Dito isso, é possível afirmar-se com segurança que aluguéis que correspondam a 0,50% do valor de compra podem e devem ser encarados como remuneração condizente. Abaixo desse porcentual, aconselha-se o investidor a rever sua posição, Acima dele, é certo que o locador fez um excelente negócio ao adquirir o imóvel.





Fonte: Blog Fórum Imobiliário/CARLOS A. MACHADO

A seguir, três especialistas de diferentes setores ensinam os principais cuidados que todo comprador deve tomar antes, durante e depois do processo de compra de um imóvel na planta:


1 - Defina seus critérios: Antes de começar a peregrinação pelos estandes das incorporadoras, lembre-se que a compra de um imóvel na planta é uma transação de longo prazo. É um tipo de negócio que sempre requer muita análise prévia sobre suas necessidades e realidade financeira nos próximos anos. "A pessoa deve se perguntar qual é o tamanho da prestação que cabe no bolso e qual é a necessidade da família. Quando isso estiver claro, você está pronto para procurar o imóvel adequado para seu perfil", afirma João Crestana, presidente do Secovi-SP, o sindicato da habitação. De acordo com ele, esse simples "cálculo" é suficiente para manter o comprador longe de fechar contratos por impulso.


2 - Bisbilhote o passado da construtora: "Para escapar de problemas, firme contratos com incorporadoras que tenham uma boa reputação no mercado", diz Octávio Galvão Neto, coordenador da Câmara de Avaliação do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de São Paulo (IBAPE/SP). Não é possível chegar a conclusões concretas sobre a idoneidade da empresa com apenas algumas conversas com o corretor imobiliário no estande de vendas. Segundo especialistas, a primeira estratégia pra se prevenir de eventuais dores de cabeça com empreendimentos imobiliários é analisar o histórico da construtora. E isso demanda muita sola de sapato. É comum, por exemplo, que alguns prédios apresentem vícios na construção, como fissuras, infiltrações e outras deficiências resultantes de um mau planejamento arquitetônico - ou mesmo do uso de materiais de construção de baixa qualidade. Prever esse tipo de problema, contudo, é praticamente impossível. Por isso, aconselha Galvão, uma visita a outros lançamentos da construtora é indispensável. "Os problemas tendem a se repetir", diz. Assim, a dica é investigar com os moradores sobre possíveis atrasos na obra, problemas de infraestrutura e descumprimento de promessas. Verifique também se a empresa tem pendências na Justiça ou reclamações na Fundação Procon. Para conferir se a administradora pisou na bola com outros clientes, consulte a lista de reclamações no site do Procon.


3 - Atenção aos documentos: Para não cair em golpes, peça sempre uma cópia do memorial de incorporação da obra. Se o corretor disser que a construção ainda não possui, então nem continue a conversa. "É crime levantar um empreendimento sem estes documentos", diz Crestana, do Secovi. A lei 4591, de 1964, determina que, antes de iniciar qualquer negociação imobiliária, as incorporadoras devem registrar no cartório de imóveis um conjunto de quinze documentos. Entre eles estão a prova da propriedade do terreno, o projeto de construção aprovado pela prefeitura, o cálculo exato da área do imóvel e a descrição do acabamento e material utilizado na construção. "No memorial, tudo é descrito de maneira bem minuciosa. É preciso prestar muita atenção nesses itens", afirma Patrcia Ferraz, presidente da Associação dos Notários e Registradores do Estado de São Paulo (Anoreg-SP). Isso porque é muito fácil se encantar com a decoração dos apartamentos em exposição ou com as promessas dos corretores. No entanto, apenas o memorial de incorporação oferece uma dimensão concreta do imóvel que está sendo comprado.


4 - Visite a obra pessoalmente: Não visitar o local de construção da obra é um dos piores erros de quem está negociando um imóvel na planta. É comum que os estandes de vendas das construtoras fiquem em locais mais movimentados, como shopping centers. Muita gente opta pelo mais cômodo e confia apenas na descrição do imóvel feita pelos corretores. O conforto, no entanto, pode virar um pesadelo quando as chaves forem entregues. "Recentemente, vistoriei um empreendimento localizado em uma rua com problema de drenagem. Chovia e a água subia quase um metro", conta Galvão Neto. Ou seja, se os futuros condôminos deste novo prédio não tiverem a precaução de conversar com os moradores da região, poderão ter uma surpresa todas as vezes que nuvens negras se formarem no céu. Bancar o detetive para apurar questões como a infraestrutura urbana, os serviços de água e esgoto e até a presença de feiras ou festas na rua é essencial. Um bom passeio pela vizinhança pode garantir também um esboço sobre a média do IPTU e das taxas condominiais da região. Por outro lado, caso você feche o contrato fora do estabelecimento comercial, o Código de Defesa do Consumidor dá o direito de desistir da compra num período de sete dias. Mas sempre vale a pena checar tudo antes de assinar o contrato.


5 - Não subestime a maquete: Por mais bonita que seja, a maquete não é mero objeto de decoração do estande de vendas. É, sim, o principal instrumento para sua tomada de decisão. Por isso, examine a composição de cada item e pergunte se o que está ali corresponde à realidade do futuro empreendimento. Assim, na hora de escolher o apartamento para comprar, guie-se pelas coordenadas da maquete. "Os apartamentos da face sul tem menor insolação, nos da face norte sempre bate mais sol", afirma o presidente do Secovi-SP. Verifique também para onde dá a vista de cada imóvel - esse tipo de questionamento pode influenciar o preço do apartamento e, no futuro, sua valorização.


6 - Tudo pode ser usado no tribunal: A prevenção é sempre uma ótima aliada para quem está adquirindo um imóvel na planta. Os especialistas recomendam que o comprador guarde todos os papeis ou registros escritos que lhe forem entregues por funcionários da administradora. Vale até folhetos promocionais e e-mails trocados com os corretores. "Tente fazer as perguntas sempre por escrito para ter uma garantia", diz Galvao Neto. Todo este material pode servir como prova caso haja algum abuso por parte da empresa. Não é regra, mas por cautela, vale registrar todo este arquivo no cartório de registro de titulos e documentos.


7 - Torne oficial: Ao fechar o compromisso de compra e venda do imóvel, muitas pessoas se esquecem de registrar o documento. No entanto, pelas leis brasileiras, a propriedade só é transferida após o registro da escritura no cartório de registro de imóveis. "Não basta verificar a vida da pessoa que está vendendo. Sem o registro, você não tem os direitos sobre a propriedade", afirma Patrícia Ferraz. Ela exemplifica com um caso em que a proprietária de um imóvel decidiu registrar a escritura em cartório apenas alguns anos após a compra. "Neste período, a pessoa que vendeu o imóvel ficou com débito na previdência e o patrimônio ficou indisponibilizado", diz. Por outro lado, se você registrar o contrato, a incorporadora será obrigada a pedir sua autorização para qualquer mudança no projeto inicial, por exemplo. Para evitar gastos em dobro no cartório, muita gente não recorre a esta conduta. No entanto, no estado de São Paulo, é possível pagar 30% do valor final do registro da escritura no registro do compromisso de compra e venda do imóvel. Os outros 70% podem ser pagos na hora de registrar a escritura.


8 - Consulte o tabelião: Neste processo, outra dica é firmar o contrato sempre com a assessoria jurídica de um tabelião. Boa parte das construtoras de imóveis tem parceria com advogados que fazem este serviço. No entanto, estima-se que a economia seja de 20% a 40% quando se estabelece uma escritura pública em vez de um contrato particular. Por não ter ligação com nenhuma das partes do acordo, a assessoria do tabelião para compor o contrato será mais imparcial e, por isso, menos arriscada para os compradores. Não são raros os casos de irregularidades neste tipo de contrato - que podem passar "despercebidas", dependendo da parceria do assessor jurídico com a incorporadora. Além disso, caso a construtora se torne inadimplente e não termine a obra, compradores que recorreram à escritura pública tornam-se automaticamente proprietários de parte do terreno onde o imóvel seria construído. Fato que garante maior segurança para a transação.


9 - Fique de olho na política de juros: Um abuso comum neste tipo de transação são os chamados juros no pé. Até a entrega das chaves, o comprador tem a garantia de que não precisará pagar juros. No entanto, assim que o imóvel fica pronto, a incorporadora passa a cobrar juros sobre todo o período financiado. Uma portaria de 2001 emitida pela Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça considera a prática irregular. No entanto, o assunto não é consensual entre os juristas. Há histórico de ações judiciais que deram ganho de causa para as construtoras que cobraram os juros. Para evitar problemas, recomenda-se criar uma cláusula no contrato que determine a rescisão ou devolução do dinheiro em casos como esse.


10 - Seja beneficiário do seguro: Fique atento aos contratos firmados com as companhias de seguro. Este tipo de acordo serve de garantia tanto para os casos de inadimplência do comprador quanto para irregularidades da administradora. Por isso, fique atento às clausulas que determinam quem é o beneficiário do contrato. Se for a incorporadora, em caso de atraso da obra, ela terá o direito de receber a indenização e ao comprador restará o prejuízo.


E finalmente, consulte um corretor de imóveis credenciado (como eu) de sua confiança.


Fonte: Portal Exame