A previsão é que até 2012 cerca de 38 mil novas unidades estejam em produção em toda a Região Metropolitana. “Essa projeção de mercado vem baseada no Censo Imobiliário e também no programa ?Minha Casa, Minha Vida?, que traz um crescimento muito grande na produção”, observa o diretor da Indústria Imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), Constantino Dadalto.
Com um preço médio girando em torno de R$ 120 mil, em virtude do crescimento de ofertas de imóveis populares, a variação nos valores de imóveis deve oscilar de R$ 50 mil para bairros com projetos econômicos a R$ 300 mil, em regiões destinadas a empreendimentos para a classe média alta.
“A valorização de novos bairros vai acontecer com a consolidação dos já existentes, que devem expandir ao seu redor. E cada município possui vetores definidos e perfis com bastante clareza”, avalia o presidente da Associação das Empresas de Mercado Imobiliário do Estado do Espírito Santo (Ademi-ES), Juarez Soares.
Serra permanece em evidência diante da perspectiva de crescimento do mercado, com Valparaíso, Nova Manguinhos e Jacaraípe como destaque. Vila Velha vem em segundo lugar, diversificando a produção em bairros como Itaparica, Jóquei de Itaparica e áreas no entorno da Rodovia Carlos Lindenberg.
Já Vitória deve ir ao encontro da consolidação de bairros como Jardim Camburi, Enseada do Suá e Bento Ferreira, além de análises em regiões periféricas, como São Pedro e as margens da Rodovia Serafim Derenzi. E Cariacica terá como foco o crescimento de bairros como São Conrado e Dona Augusta, próximos a Campo Grande.
Bairros que vão crescer nos próximos três anos:
VITÓRIA
Bento Ferreira. Com terrenos maiores que a Praia do Canto e ruas mais largas, é a continuidade do crescimento da região nobre de Vitória. Deve abrigar empreendimentos comerciais e residenciais de padrão médio alto.
Enseada do Suá. De acordo com o diretor da Vitória imóveis, Moacyr Brotas Netto, o bairro vai continuar com vocação comercial, principalmente na Praça do Papa.
São Pedro e Serafim Derenzi. Há potencial para empreendimentos econômicos, mas questões ambientais e de documentação ainda são um entrave.
Jardim Camburi. Junto com Santa Terezinha, tem potencial para empreendimentos comerciais e residenciais.
Barro Vermelho. O diretor da RS Construtora, Renato Sandri, observa que a sede da Petrobras vai continuar atraindo projetos comerciais, mas unidades residenciais também vão ter vez.
VILA VELHA
Centro. Segundo o diretor da Vix imóveis, Enrico Rocha Barbosa, o prolongamento da Av. Luciano das Neves, em direção ao Shopping Barra Sol, deve abrigar mais empreendimentos comerciais de salas, em virtude dos incentivos da prefeitura.
Rodovia do Sol. Em direção ao Shopping Barra Sol, a tendência maior é de atração de empreendimentos comerciais (salas e lojões) às margens da rodovia.
Santa Inês. Deve continuar chamando atenção para projetos de empreendimentos econômicos, em virtude da localização e dos espaços disponíveis.
Barra do Jucu. Há espaço para lançamento de empreendimentos de baixa renda e também de condomínios de casas de alto padrão, em direção a Interlagos.
Jóquei de Itaparica. A localização e as áreas disponíveis para construção indicam o lançamento de projetos econômicos .
Rodovia Carlos Lindenberg. Bairros no entorno (como Cobilândia e Ibes) têm potencial para receber empreendimentos populares. Já nas margens da rodovia a tendência é construção de lojões e galpões.
Rodovia Darly Santos. A área retroportuária e a Zona de Processamento de Exportação, aliadas à nova via que vai ligar Cariacica a Vila velha, vão influenciar o surgimento de empreendimentos comerciais às margens da rodovia e residenciais nos bairros próximos.
Coqueiral de Itaparica. De acordo com o diretor da Francisco Rocha Imóveis, Francis Rocha, o bairro ainda possui áreas para abrigar empreendimentos residenciais de médio padrão.
Glória e Cristóvão Colombo. A região entre esses bairros terá crescimento de projetos residenciais, alavancado pela presença do Hospital Vila Velha e das novas vias de acesso aos bairros.
SERRA
Grande Laranjeiras. A região deve aproveitar o crescimento de Laranjeiras para receber novos lançamentos, tanto comerciais quanto residenciais.
Valparaíso. De acordo com o diretor de Novos Negócios da Lorenge, Celso Siqueira Júnior, o bairro já ocupa destaque no mercado imobiliário, em virtude de sua proximidade com o Parque da Cidade, acesso fácil à BR 101 e ao Shopping Laranjeiras.
Nova Manguinhos. De acordo com o diretor da Morar Construtora, Rodrigo Gomes de Almeida, o bairro, por estar no caminho de Jacaraípe, que é outro vetor de crescimento, já palco de lançamentos.
Jacaraípe. Apesar da proximidade com o mar, deve receber empreendimentos de padrão econômico e supereconômico.
Bairro de Fátima. A proximidade com Vitória vai ajudar a alavancar empreendimentos residenciais voltados para o padrão econômico.
Sede e Jardim Limoeiro. O foco são imóveis de padrão econômico e supereconômico. A proximidade com grandes empresas são um chamariz para essas regiões.
CARIACICA
Campo Grande. O bairro é o mais valorizado do município e ainda vai continuar apresentando alta nos preços nos próximos anos. A tendência é para empreendimentos comerciais (lojas) e residenciais. Também deve alavancar o crescimento de bairros próximos.
São Conrado e Dona Augusta. De acordo com a corretora da Imobiliária universal Lucimar Batista Pinto, os dois bairros já registram movimento de empresas comprando terrenos e comércio intenso. Devem abrigar empreendimentos de médio padrão, na faixa de R$ 120 mil.
Morada de Campo Grande. O pólo industrial de Castelo Branco, bairro próximo, deve incentivar a chegada de projetos residenciais para empresários e futuros trabalhadores
Construção de novos bairros
Ainda este ano, o mercado deve presenciar pelo menos o lançamento de dois grandes empreendimentos nos bairros de Valparaíso e Nova Manguinhos, ambos na Serra. A Rossi lança na região de Nova Manguinhos o Vila Geribá, com 403 unidades e valor de até R$ 100 mil.
Primeiro condomínio do Rossi Vilas do Mar, ficará em um terreno de 25 mil metros quadrados, que deve receber mais outros cinco condomínios independentes e e um centro comercial.
Já a Lorenge lança o Villagio Laranjeiras Condomínio Clube, cujo investimento chega a R$ 120 milhões, em Valparaíso, atrás da antiga fábrica de pastilhas e pisos Eliane. Será um empreendimento misto, com 752 apartamentos, 17 lojas e 162 salas comerciais, distribuídos em uma área de mais de 24 mil metros quadrados.
Também está em estudo o lançamento de um condomínio às margens da Rodovia Serafim Derenzi pela InPar. Já em Vila Velha, o foco é no bairro Jóquei de Itaparica, onde a Sá Cavalcante estuda o lançamento de um condomínio com imóveis que se enquadram no padrão supereconômico.
Evolução
28 mil imóveis em produção em 2010
32 mil imóveis em produção em 2011
38 mil imóveis em produção em 2012
Obs.: Projeção baseada no Censo Imobiliário, com perspectivas dos projetos em andamento dentro do “Minha Casa, Minha Vida”.
Fonte: Gazeta On-line por Karina Nobre