quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

STJ: taxa de condomínio somente após entrega das chaves

Compradores de imóveis na planta são obrigados a pagar eventual taxa de condomínio somente após o recebimento das chaves. É o que decidiu ontem o Superior Tribunal de Justiça (STJ) em um processo emque a construtora e a administração do condomínio empurraram a despesa para o comprador antes do recebimento do apartamento. A decisão, válida somente para esse caso julgado, é importante porque sinaliza aos demais juízes, em qualquer outra ação judicial, e aos Procons como deve ser aplicada a regra de cobrança do condomínio em caso de imóvel recém-construído.

É comum no mercado imobiliário que a construtora transfira para o comprador do imóvel a taxa de condomínio a partir da emissão do "habitese" (documento emitido pelas prefeituras atestando a legalidade do prédio ou da casa). O problema é que nem sempre ocorre a entrega imediata do imóvel com a liberação.

Em casos de prédios, por exemplo, a lei exige desmembramento da matrícula do empreendimento para cada unidade, para assim lavrar a escritura e registrar o imóvel, o que leva, em média, dois meses.

Sem contar a própria demora na entrega das chaves quando envolve financiamento bancário para quitar o saldo devedor com a construtora.

No caso julgado pelo STJ, a administração do condomínio, que já estava constituído quando o imóvel ficou pronto, promoveuumaação de cobrança contra o proprietário para receber despesas condominiais relativas a dois meses antes da data em que o comprador recebeu as chaves.

Segundo entendimento da Segunda Seção do STJ, a efetiva posse do imóvel, com a entrega das chaves, define o momento a partir do qual surge, para o condômino, a obrigação de fazer o pagamento do condomínio.

Antes disso, eventual despesa é de responsabilidade de quem tem a posse do imóvel, ou seja, da construtora.

Portanto, é dela que o condomínio deve cobrar as taxas.


Autor: Do jornal O Dia

domingo, 29 de novembro de 2009

Condomínios que parecem clube: muito mais do que segurança, os novos empreendimentos buscam trazer mais qualidade de vida aos moradores


Quem tem filhos e mora em grandes centros urbanos sabe o quanto vale morar em um condomínio que ofereça toda a infraestrutura de lazer necessária para entreter as crianças, sem que seja preciso ultrapassar os limites do empreendimento.

“Até os 18 anos as crianças precisam de espaço para brincar, estudar e se divertir, o que motiva o interesse dos casais por esse tipo de estrutura”, afirma Rejane Marchiori, da construtora Rossi.

À primeira vista, tamanho espaço e variedade de equipamentos pode parecer luxo, mas se pensarmos em comodidade e segurança, tudo muda de figura.

Além de porteiros, câmeras e a velha e querida piscina, os empreendimentos residenciais que mais parecem clubes trazem diferenciais para toda a família, como espaços para relaxamento, cuidados pessoais, eventos particulares, trabalho, estudo, esporte e convívio social.

“A piscina tem raia ou prainha. A sala de ginástica ganha atributos profissionais, com aparelhos modernos e ergonômicos, além da existência de pista de cooper, quadras poliesportivas, de tênis e até mesmo golfe”, afirma Caroline Teixeira, diretora de marketing e comercial da construtora Norcon.


Opções de lazer e serviço surpreendem


Em três construções da MBigucci, por exemplo, foram instalados sauna, half de skate, espaço gourmet, academia de ginástica, home theater, churrasqueira, forno para pizza, cyber room, sala de recreação infantil, salão de jogos adulto e infantil, sauna seca e vapor.

“Há, ainda, empreendimentos com tenda para massagem, espaço mulher, pista de dança, espaço zen, lan house e espelho d’água, tudo cercado de muito verde, pracinhas e um moderno paisagismo”, diz Robson Toneto, diretor de vendas da construtora MBigucci.

Para se ter uma ideia da quantidade de opções de lazer disponíveis nesse tipo de empreendimento, no Living Club Jardim do Golf, em São Paulo, os moradores contam com mais de 50 opções de lazer, distribuídas em quase 7 mil m² de terreno.

Criado pela Brookfield Incorporações, o condomínio tem complexo aquático, solarium, praça e uma academia Reebok. Em outro lançamento da incorporadora, o Ile Eco Life, no bairro do Morumbi, há até mesmo uma ilha verde com mais de 24 mil m².

Quem também aposta no segmento é a Rossi, com o Lumina Parque Clube, um residencial paulistano que conta com pet space (para os animais de estimação), cinema, redário, pista de bicicross, ateliê e garage band, um espaço de ensaio para os futuros artistas. “Além disso, há um cuidado especial com o paisagismo”, completa Rejane Marchiori, gerente de marketing da regional São Paulo.

De olho no crescente interesse do público por esse tipo de condomínio, a JHSF lançou em Salvador o Horto Bela Vista. “Lá temos lazer completo e seguro. Piscina coberta e aquecida, fitness, sauna, salão de jogos, cinema, restaurante, brinquedoteca, salão de beleza e de festas gourmet”, explica Luciano Amaral, diretor do empreendimento.

Mas atenção, antes de assinar o contrato, certifique-se que todos os espaços comuns serão entregues equipados para não ter surpresas e custos adicionais no recebimento das chaves.


Katia Deuter, especial para o iG

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A Receita Federal já tem alguns resultados da “Operação Mansões” em Jundiaí, Bauru e São José do Rio Preto.

A operação prevê a convocação de 10 mil proprietários de obras de construção civil de alto padrão, localizadas principalmente em condomínios fechados e balneários do Estado de São Paulo, para cobrar o recolhimento das contribuições previdenciárias incidentes sobre o total dos salários dos trabalhadores empregados nessas edificações. O valor devido à Seguridade Social é estimado em R$ 1,5 bilhão.

A unidade da Receita Federal em Jundiaí, que já concluiu a fase de intimação dos contribuintes, obteve como resultado a regularização espontânea – sem abertura de ação fiscal – com recolhimento da contribuição de 85% das obras inicialmente selecionadas.

Na região de Bauru, o recolhimento previdenciário atingiu R$ 4,8 milhões e está programada a notificação de 17 obras com área construída acima de 2 mil metros quadrados.

Em São José do Rio Preto, a Delegacia da Receita Federal realizou, no primeiro semestre, levantamento aéreo em regiões de condomínios fechados, com auxílio do helicóptero da Receita empregado nas ações de combate ao contrabando e descaminho.


Fonte: R7

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Receita deflagra Operação Mansões, que investiga imóveis de alto padrão

Dez mil proprietários serão intimados a recolher contribuição social sobre obras de construção civil de alto padrão em condomínios fechados e balneários

A Receita Federal convocou 10 mil proprietários de obras de construção civil de alto padrão, localizadas principalmente em condomínios fechados e balneários, para cobrar o recolhimento das contribuições previdenciárias incidentes sobre o total dos salários dos trabalhadores empregados nessas edificações.

O valor devido à Seguridade Social é estimado em R$ 1,5 bilhão. A iniciativa, denominada "Operação Mansões", começou no Estado de São Paulo e será estendida para todo o Brasil.

Os primeiros 10 mil contribuintes inadimplentes foram detectados através das matrículas das construções na Receita Federal e também por meio do cruzamento com as informações sobre Alvarás e Habite-se encaminhadas mensalmente pelas prefeituras.

O secretário da Receita Federal, Otacílio Dantas Cartaxo, acompanhou nesta quinta-feira (2) o lançamento da operação em São Paulo, onde afirmou que a iniciativa servirá de base para a realização de ações semelhantes nas demais regiões do país.

- A determinação é levar essa experiência piloto a todos os Estados do país.

A operação envolve as 25 unidades da Receita no Estado de São Paulo. Entre as irregularidades já encontradas, estão residências com centenas de metros quadrados de área construída, em regiões serranas e litorâneas paulistas, sem qualquer recolhimento da contribuição previdenciária. O mesmo ocorre, embora em menor grau, em condomínios fechados de casas de alto padrão em regiões metropolitanas.

O superintendente da Receita Federal em São Paulo, José Guilherme Antunes de Vasconcelos, afirmou que a maioria dos proprietários recolhe regularmente a contribuição previdenciária, mas que o papel do órgão é tratar os casos de exceção com vigor e os rigores da lei.

- Essa inadimplência é prejudicial às contas da Previdência Social, que arca com a aposentadoria e o auxílio-doença pagos aos trabalhadores da construção civil.

O proprietário que não quitar o débito previdenciário ficará sujeito à abertura de uma ação fiscal para o lançamento dos valores devidos, com cobrança do valor principal acrescido de multa de 75% e demais encargos legais, sem prejuízo de outras sanções administrativas e penais.

Todos os proprietários de obras novas são obrigados a comparecer à unidade da Receita de sua região, independentemente de intimação ou não do órgão – para obtenção de matrícula do imóvel e recolhimento das devidas contribuições previdenciárias.

Além das fiscalizações em obras de pessoas físicas, será intensificado também o combate à sonegação de empresas do setor da construção civil. Segundo a Receita, mais de 200 ações fiscais já foram abertas durante o mês de outubro.

Fonte: R7

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Financiamento imobiliário é recorde em setembro, diz Abecip

SÃO PAULO (Reuters) - O volume de empréstimos imobiliários com recursos da caderneta de poupança alcançou 3,6 bilhões de reais em setembro, um recorde em 2009 e na história do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), informou nesta segunda-feira a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

O volume de financiamentos contratados no mês passado corresponde a alta de 13,3 por cento ante o registrado em agosto.

Nos últimos 12 meses, conforme a entidade, as operações contratadas no âmbito do SBPE somam 30,4 bilhões de reais, com aumento de 4,7 por cento em relação a setembro do ano passado.

Também em número de unidades financiadas setembro representou um novo recorde para o ano, e o quarto melhor na história do SBPE. No mês passado, foram financiados 30.286 imóveis, ante 29.641 em agosto e 29.374 em setembro de 2008.

Em 12 meses, aponta a Abecip, "foram concedidos 282 mil financiamentos, com valor médio de cerca de 120 mil reais por unidade, superior em quase 20 por cento à média de 2008."

Em relação à captação líquida da poupança, a Abecip informa que, em setembro, o resultado foi de 3,5 bilhões de reais, com alta de 1,5 por cento ante agosto.

No mês passado, o saldo das cadernetas de poupança no SBPE totalizou 238,1 bilhões de reais, com crescimento nominal de 15,9 por cento ante setembro de 2008.

Conforme a Abecip, os "dados indicam que o SBPE retomou os níveis de atividade anteriores à crise e tenderá a apresentar evolução positiva, em termos reais, em 2009, quebrando os recordes de 2008, quando foram financiadas 299.685 unidades, no montante de 30,032 bilhões de reais".

(Por Stella Fontes/Reuters/Brasil Online)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Lançamento de imóveis em São Paulo cresce 114% em agosto

Número de imóveis residenciais lançados foi de 3.430, representando o maior volume do ano, segundo o Secovi.

SÃO PAULO - O número de imóveis residenciais lançados na capital paulista em agosto somou 3.430 unidades, o que representa uma alta de 114% sobre julho e também o maior volume do ano, segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), divulgados pelo Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).

Segundo o levantamento, os imóveis de três e dois dormitórios se destacaram no período, com 1.311 e 1.160 unidades, respectivamente, seguidos pelos de quatro ou mais dormitórios (516) e os de um quarto (443). Pesquisa realizada pelo departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP destaca que no oitavo mês do ano foram vendidas 3.578 unidades, o que representa um crescimento de 71% em relação ao mês anterior.

Os imóveis mais comercializados foram os de três e dois dormitórios, o que pode ser explicado, segundo o sindicato, pelas vantagens existentes para financiar imóveis nesta faixa de valor. De acordo com a pesquisa do Secovi-SP foram vendidas 1.602 unidades de dois dormitórios, 1.250 de três dormitórios e 678 de quatro ou mais dormitórios.

No acumulado de janeiro a agosto, as vendas totalizaram 20.038 unidades, número inferior somente ao do ano passado, quando foram comercializados 25.920 imóveis. Em nota, o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, lembra que o período de 2008 é anterior ao aprofundamento da crise financeira internacional.

O VSO (Vendas Sobre Oferta), indicador que mede o desempenho de vendas de unidades residenciais na cidade de São Paulo, ficou em 22,7% no oitavo mês do ano. O índice resulta da divisão de 3.578 unidades comercializadas mês no período pelo total de unidades em oferta (15.780). A oferta é a soma de 3.430 imóveis lançados no mês mais 12.350 unidades já disponíveis. No ano, o VSO médio do ano atingiu 14,3%.

A pesquisa destaca que em agosto, os empreendimentos na fase de lançamento tiveram VSO de 48,5%, contra 8,4% daqueles que se encontravam no pós-lançamento. "Foi o segundo melhor índice para o período registrado desde 2004, ano que marca o início dessa série", destaca Petrucci.

Para o economista, agosto pode marcar o retorno à normalidade dos números de lançamentos, que nos últimos meses vinham se mantendo abaixo das vendas. "A economia como um todo tem apresentado bons resultados, o que contribui para a mudança de humor dos empresários brasileiros. Além disso, há que se considerar a proximidade do final do ano quando, historicamente, o mercado se aquece", destaca.

Também em nota, o presidente do Secovi-SP, João Crestana, avalia que as vendas tendem a permanecer em bom ritmo, confirmando as perspectivas positivas das pesquisas dos meses anteriores. "O cenário econômico aponta para um 2010 melhor do que este ano, o que acarretará em aumento na confiança do consumidor, que na tomada de decisão tende a considerar mais as perspectivas do que as retrospectivas", afirma.

Beth Moreira, da Agência Estado

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Atraso na entrega de imóvel pode parar na Justiça

Atrasos na entrega de imóveis adquiridos na planta são um problema para os consumidores. Porém, antes de tomar qualquer decisão, como suspender os pagamentos à construtora e correr o risco de se tornar réu de uma execução judicial ou mesmo de uma ação de rescisão de contrato, os compradores devem conhecer bem os seus direitos e buscar auxílio na Justiça.

Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), José Geraldo Tardin, se o comprador perceber que o cronograma da obra está muito atrasado, pode fazer uma ação, passar a depositar o valor da prestação da compra do imóvel em juízo e pedir ao juiz que só libere os valores após a entrega do bem.

“A maioria dos contratos de compra de imóvel possuem uma cláusula prevendo atrasos na entrega variáveis de noventa a 180 dias. Porém, esta cláusula não é legal, sendo declarada nula pela Justiça. Só pode haver atraso em caso fortuito ou de força maior. Mesmo assim, o consumidor deve ser notificado sobre o que está acontecendo.”

Quando a obra for concluída, o comprador que fez os depósitos em juízo também pode pedir a um corretor que faça uma avaliação de preço de aluguel do imóvel. Com isto, pode entrar com outra ação pedindo para receber os valores de aluguel pelo período de atraso na entrega.

Já quando a obra está em eminência de ser concluída, o melhor é esperar pela entrega e, posteriormente, entrar com uma ação de indenização. De acordo com o Ibedec, a indenização normalmente é fixada pela Justiça entre 0,5% a 1% do valor de mercado do imóvel, multiplicado pelos meses de atraso.



Cintia Végas
Para críticas ou sugestões, envie um e-mail para economia@oestadodoparana.com.br

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Investidores já cobram R$ 8 mil pelo metro quadrado de imóveis em Florianópolis

Mercado imobiliário da Capital é um dos mais aquecidos do país atualmente
Investidores brasileiros e de fora do país voltaram as atenções para imóveis em Florianópolis, atualmente um dos mercados imobiliários mais aquecidos do Brasil.

Em pouco mais de uma década, imóveis da cidade registraram alta valorização. No balneário de Jurerê Internacional, o metro quadrado já chega a valer R$ 8 mil reais.

É o caso de uma mansão, atualmente a venda por US$ 3,5 milhões, equivalente a R$ 6 milhões. Com vista para o mar e área total construída de 800 metros quadrados, a construção é uma das mais caras disponíveis para compra na região. A média do custo do metro quadrado no bairro é de R$ 3,3 mil.

A crescente valorização dos imóveis na cidade e pelo Estado chamou a atenção do ramo imobiliário de luxo. A imobiliária Sotherby´s, da rede de casa de leilões mais famosas do mundo, anunciou a abertura de um escritório em Santa Catarina no próximo ano.

Antes mesmo da conclusão do projeto, mansões da capital catarinense já são divulgadas no catálogo da empresa disponível em São Paulo e na internet.

Investimento

Morador de São José, município vizinho, o empresário da construção civil Antônio Hilleschein decidiu investir em dois imóveis no Centro de Florianópolis. Adquiriu dois apartamentos num edifício recém-construído às margens da avenida Beira-Mar Norte.

Em um dos imóveis, com quatro suítes e avaliado em pelo menos R$ 2,5 milhões, pretende viver com a família. O outro comprou como investimento.

— Paguei R$ 2 milhões e em pouco mais de um ano ele já está avaliado em R$ 3 milhões (...) Imóvel sempre será um bom negócio, independentemente de valer R$ 100 mil, R$ 1 milhão ou R$ 3 milhões — defende.

O empresário destaca que usa a "lógica" em seus investimentos: sempre que passa em frente ao colégio, lembra que todos os alunos da instituição vão precisar de um lugar para viver no futuro.

Promessa

A maior demanda por imóveis na cidade, conforme a corretora de imóveis Maria Emília dos Santos, é por apartamentos de dois quartos na região da Trindade.

Ela garante que os imóveis são vendidos em menos de 60 dias, enquanto, em São Paulo, um apartamento do mesmo modelo demora até um ano para ser comercializado.
De olho neste filão, construtoras começaram a investir em condomínios que oferecem diferentes padrões de imóveis, de um a três quartos, com preços entre R$ 140 mil e R$ 340 mil.

Os valores são considerados altos na comparação com o mercado em outras capitais, mas, de acordo com os especialistas, valem o investimento:

— Um imóvel mais compacto, com até três dormitórios, valoriza pelo menos 12% ao ano na região — garante Maria Emília.

Há 10 anos, a arquiteta e corretora de imóveis Regina Rodrigues da Silva apostou no futuro crescimento do bairro Campeche, no Sul da Ilha de Santa Catarina.

Na época, explica, os preços dos terrenos na região variavam entre R$ 8 e R$ 30 mil. Ela adquiriu uma área na praia por R$ 26 mil. No espaço, foi construído um edifício.

— Recentemente, troquei dois apartamentos do prédio, avaliados cada um em R$ 200 mil, por um terreno na vizinhança — comemora a aposta feita há uma década.



RBS TV

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Caixa só financiará empreendimentos usuários de madeira legal

Entrou em vigor no último dia 1º de janeiro de 2009, o Acordo de Cooperação Técnica para Ação Madeira Legal firmado entre o Ministério do Meio Ambiente, o Ibama e a Caixa Econômica Federal para garantir o uso de madeira nativa de origem legal nos empreendimentos financiados pelo banco.

De acordo com o Coordenador Geral de Gestão dos Recursos Florestais do Ibama, José Humberto Chaves, o acordo de cooperação visa coibir o uso de madeira de origem ilegal nas obras e empreendimentos financiados pela Caixa, definir medidas para comprovar a origem legal das madeiras utilizadas nesses empreendimentos, implantar ações e procedimentos visando garantir a origem legal das madeiras utilizadas, criar uma lista das construtoras inadimplentes ou que descumprirem as regras definidas para a comprovação da origem legal da madeira nativa utilizada na construção e desenvolver ações educativas para o uso de madeira legal.

Ao Ibama caberá, dentre outros, disponibilizar acesso e treinamento ao Sistema DOF – módulo de consulta – aos empregados da Caixa autorizados, realizar a autuação das empresas que não apresentarem os documentos de comprovação da origem legal das madeiras à Caixa e de divulgar a ação junto ao setor de construção civil.

É importante que as construtoras e demais entidades organizadoras de empreendimentos habitacionais procurem a Unidade do Ibama mais próxima em caso de dúvidas para adquirir madeira de origem legal. É preciso salientar sobre a necessidade das construtoras estarem inscritas e regulares no Cadastro Técnico Federal para poderem movimentar madeiras no Sistema DOF ou no Sistema Eletrônico Estadual integrado.

A partir de janeiro será exigida a apresentação do Documento de Origem Florestal DOF junto à Caixa pelas construtoras e entidades organizadoras e os casos de inadimplência serão encaminhados para averiguação pelo Ibama, afirma Chaves. Maiores informações sobre como obter o DOF podem ser encontradas na página do Ibama na Internet (www.ibama.gov.br).

Texto da Ascom MMA

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Bolsa lidera ranking de investimento em setembro

O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) manteve em setembro a trajetória de alta e liderou o ranking mensal dos investimentos. O principal indicador da bolsa brasileira subiu 8,9% no período - bem acima da rentabilidade de 1,05% do ouro, que ficou em segundo lugar, e da inflação, de 0,42%. Com o resultado do mês, o Ibovespa passa a acumular 63,83% de ganho no ano.

Além da manutenção dos juros básicos da economia, em 8,75% ao ano, o País conseguiu o grau de investimento pela Moody''s - a última das três principais agências de classificação de risco do mundo a conceder a nota ao Brasil. O desempenho da bolsa paulista foi influenciada especialmente pelo apetite dos investidores estrangeiros por ativos nacionais. Até o dia 25 de setembro, o saldo de investimento estrangeiro estava positivo em R$ 3,06 bilhões, o maior desde maio deste ano.

Isso teve impacto direto na desvalorização do dólar, que ficou em último lugar no ranking. Em setembro, a moeda caiu 6,19% e passou a acumular 24,11% de queda no ano. O dólar fechou o mês cotado em R$ 1,772. Os fundos de renda fixa tiveram rentabilidade de 0,69% no mês e os contratos de depósitos interfinanceiros (DI), 0,64%. Os investimentos em CDBs, acima de R$ 100 mil, renderam 0,53% e a poupança, 0,5%. No mercado acionário, a expectativa para os próximos meses é que haja alguma realização de lucros, já que a recuperação das bolsas ao redor do mundo vem de alta desde março.


Fonte: O Estado de São Paulo

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

IGP-M tem em setembro primeira alta em 6 meses

Depois de seis meses consecutivos, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) saiu do terreno negativo e voltou a apresentar elevação. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M subiu 0,42% em setembro, após registrar deflação de 0,36% em agosto. A FGV anunciou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-M de setembro.

O Índice de Preços por Atacado (IPA) subiu 0,53% este mês, ante queda de 0,61% apurada no mês passado. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou para 0,28% em setembro, ante alta de 0,16% em agosto. Já o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) registrou avanço de 0,07%, ante leve alta de 0,01%, na mesma base de comparação.

Até setembro, o IGP-M acumula deflação de 1,61% no ano e de 0,40% nos últimos 12 meses. O IGP-M é muito usado para cálculo de reajustes nos preços de aluguel. O período de coleta de preços para cálculo do indicador deste mês foi do dia 21 de agosto a 20 de setembro.


Fonte: Agência Estado Investimentos por Alessandra Saraiva

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Artigo escrito para a coluna “Mercado Imobiliário”, no Jornal Estado de Minas


As postagens desta semana, desde o último sábado (dia 19), foram referentes a esta matéria bastante extensa do jornal mencionado, assim está dado o crédito da matéria abrangente sobre o mercado imobiliário.


Todas as vezes que um investidor procura realizar uma aplicação de seu dinheiro, seja ela qual for, ele faz seguindo princípios básicos dos investimentos, normalmente rastreados no tríplice apoio: segurança, rentabilidade e liquidez.

Isso se torna visível, especialmente nas aplicações financeiras, onde podemos verificar a influência de qualquer desses fatores, quando alguém realiza um investimento não imobiliário, buscando exatamente um desses itens.

Um exemplo simples: ao aplicar em um CDB (Certificado de Depósito Bancário), o investidor certamente encontrará maiores taxas em bancos que apresentem menor porte, o que indica que possui envergadura menor do que as instituições que apresentam menores taxas.

No caso específico do imóvel, o investimento se comporta, segundo os três pilares analisados, sendo que a segurança é de forma inequívoca, inclusive entre os críticos dessa modalidade de investimento aquela que apresenta maior importância, pois o imóvel compreende um investimento sólido, ou bem de raiz, denominado ativo real.

Na rentabilidade, há algumas aplicações de risco, sendo as mais conhecidas, aquelas feitas na bolsa de valores, que apresentaram em determinadas épocas rentabilidade impressionante, largamente difundida pelos meios de comunicação, assim como no caminho oposto, em épocas de turbulência, decorrente da conjuntura econômica ou política, as bolsas de valores apresentaram também resultados negativos de enormes proporções.

No que tange a este item, historicamente, o imóvel é um investimento que apresenta constância. Em épocas de maior demanda, a rentabilidade obviamente aumenta, apresentando comportamento inverso em épocas de menor disponibilidade. O índice percentual gira em torno de 12% ao ano, variando, entretanto, com o tipo de imóvel e especialmente com o valor.

Com relação à liquidez, uma das aplicações de baixa rentabilidade no mercado financeiro são os fundos de mais rápida liquidez, ou seja, o saque pode ser feito na medida da necessidade do investidor, apresentando pouca atratividade para aqueles que preferem usufruir das vantagens das aplicações de maior prazo, cujas taxas são, conseqüentemente, menores.


FONTE: O ESTADO DE MINAS - Artigo escrito para a coluna “Mercado Imobiliário”, sob responsabilidade do Engenheiro e Advogado Francisco Maia Neto, publicada quinzenalmente no jornal Estado de Minas, de Belo Horizonte-MG

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A liquidez

A liquidez do imóvel, embora seja o ponto mais atacado por aqueles não adeptos desta modalidade, pode ser definida como relativa. O investidor imobiliário, se precisar dispor de seu patrimônio de forma abrupta, provavelmente não deverá encontrar comprador que lhe dê ganho real ou até mesmo equivalente ao investimento realizado, entretanto, com o pequeno deságio, encontrará sempre compradores interessados em adquirir um ativo real.

Não importando qual dos itens do tripé básico se busque encontrar, o mais relevante nesse direcionamento, a princípio, é a finalidade específica de cada um deles. Os mais conservadores optam por alicerçar o seu investimento em bases sólidas, no pilar segurança, enquanto os mais agressivos voltam-se para investimentos com maior rentabilidade. Independente dessa análise individual, a regra mais aceita e mais difundida entre especialistas, envolvendo qualquer natureza de investimento, volta-se para a diversificação do produto. Vale o velho adágio popular: “não colocar todos os ovos na mesma cesta”.

Dentro de um universo genérico podemos verificar que são quatro as motivações de uma aquisição imobiliária: utilização, valorização, empreendimento (ou negócio) e renda.

A finalidade mais corriqueira da aplicação imobiliária é a que se destina à utilização, cujo investimento está direcionado ao uso próprio do imóvel, residencial ou comercial. O uso residencial talvez seja a mais comum das formas de aquisição conhecidas, em função do eterno sonho da casa própria, símbolo da estabilidade familiar. Enquanto isso, a aquisição comercial está mais relacionada à fixação do ponto comercial ou à modelagem do imóvel às necessidades da empresa.

Para essa modalidade de aquisição costumo lembrar-me de um publicitário que, em uma discussão sobre investimento imobiliário, informou que seu imóvel residencial ao longo de cinco anos, que adquirira para uso próprio e da família, apresentou modesta valorização, da ordem de 10% ao longo do período em dólares, o que o classificara como péssimo investimento. O proprietário esquecera, entretanto, que no período de cinco anos, ou seja, 60 meses, havia economizado um valor equivalente a aproximadamente 60% do imóvel, caso não tivesse adquirido e por conseqüência necessitasse alugar semelhante imóvel para alojar a família.

Investimentos em imóveis em busca da valorização também são muito usuais. Nesse caso, o investidor busca, a médio e longos prazos, um ganho superior a outros ativos, simplesmente pela conjugação de fatores que agreguem valor ao imóvel. Muito comuns são os investimentos em lotes, uma vez que tendem a apresentar valorização, à medida que o entorno começa a ser edificado, aumentando a demanda por terrenos para novas construções.

Sobre isso vale recordar um imóvel adquirido em determinada época, por US$ 6 mil e transacionado após dez anos, pelo valor de US$ 120 mil, em função exatamente do crescente surgimento de diversos empreendimentos imobiliários no local, aliado à modificação da lei de zoneamento urbano, que favoreceu o lançamento de edifícios de apartamentos.

Uma forma de aquisição mais direcionada à análise do setor é aquela destinada à realização de um empreendimento, sempre de fundamental importância para o investidor institucional. Ao adquirir determinado imóvel, ele sempre deverá fazê-lo visando um futuro negócio, ainda que em parceria com uma empresa do setor. Nessa modalidade, costumam estar os imóveis “brutos”, como glebas ou grandes áreas, onde surgirão loteamentos, centros comerciais ou conjuntos residenciais, cuja negociação poderá ser feita por meio de permuta imobiliária.

O caso específico da permuta é um exemplo clássico onde o investidor poderá auferir grandes lucros ao adquirir um terreno e, numa parceria com uma empresa construtora, trocar o imóvel por futuras unidades construídas, que poderão, dentro de um nível de prazo e risco compatíveis, oferecer maiores ganhos do que a venda pura e simples, obtendo a valorização natural, como explicado.

Finalmente, a modalidade voltada para renda ganha impulso e se torna a mais procurada pelo investidor imobiliário, principalmente em função da falência do sistema previdenciário oficial, que leva as pessoas a procurarem alternativas de renda para aposentadoria. Isso se alia ao fato de que imóveis que não produzem renda geram custos, tais como manutenção, condomínio e impostos.

Nessa modalidade existem diversas formas de se buscar uma alternativa de investimento, sendo a principal delas aquela formada por imóveis que possam oferecer uma maior rentabilidade em relação ao patrimônio investido, devendo o investidor procurar aqueles que tenham facilidade de colocação no mercado e tenham constância em sua renda, além de estar sempre preparado para momentos em que a própria retração econômica indicará taxas percentuais inferiores àquelas esperadas inicialmente.

Diante desse cenário, cabe ao investidor escolher um imóvel que possa preencher, simultaneamente, o maior número de motivações, o que permitirá a busca de novas alternativas, caso uma delas não se mostre a mais adequada.


FONTE: O ESTADO DE MINAS - Artigo escrito para a coluna “Mercado Imobiliário”, sob responsabilidade do Engenheiro e Advogado Francisco Maia Neto, publicada quinzenalmente no jornal Estado de Minas, de Belo Horizonte-MG

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Imóvel na Planta

A aquisição de um imóvel na planta se constitui em uma forma mais econômica de aquisição de um bem do que a compra de um pronto ou usado, além de ser a mais prática, uma vez permitir ao comprador o planejamento dos pagamentos, alteração das especificações de acabamento, modificações internas e programação da entrega, além de se caracterizar como uma forma de poupança.

Não obstante, as pessoas se deparam, de forma recorrente, com questionamentos sobre esta modalidade de comercialização imobiliária, especialmente quando surgem notícias de eventuais fracassos de construtoras ou incorporadoras, expondo de forma exagerada o risco que existe em qualquer atividade econômica.

Da mesma forma, quando um comprador enfrenta algum problema, como alterações no projeto inicial não comunicado ao adquirente ou atraso na entrega do imóvel, o sistema é questionado como um todo.

Diante disso, no sentido do comprador evitar possíveis dissabores, é recomendável que adote algumas cautelas, começando pela solicitação e análise criteriosa de toda a documentação referente ao imóvel em construção e aos empreendedores, especialmente o registro da incorporação, que deve ser feita no Cartório de Registro de Imóveis.

Em seguida, deve ser analisado o projeto aprovado pela Prefeitura, não só da parte referente ao apartamento, mas também das áreas comuns do edifício, confirmando a coincidência com os prospectos e anúncios, sendo que os acabamentos devem estar contidos em um documento denominado memorial de incorporação, que igualmente faz parte do registro da incorporação.

Deve ser informado o regime de construção, por empreitada, cujo preço é fechado, mas sujeito a reajustes, ou por administração, onde o valor da obra é rateado entre os condomínios, além das condições de pagamento, prestações intermediárias, índice e periodicidade dos reajustes e sistemática de aplicação dos juros, no caso de imóvel financiado.

Em qualquer situação, o comprador deve sempre fazer constar no contrato de compra e venda a inclusão dos acertos e combinações ocorridas durante a negociação, verificando ainda se estão incluídos neste documento elementos fundamentais, tais como área privativa e total da unidade, localização da vaga de garagem e especificação dos acabamentos, itens que poderão vir em anexo, em forma de plantas e memoriais.

Importante também que sejam guardados todos os materiais utilizados durante a compra, especialmente folhetos de publicidade, anúncios em jornais e informações escritas dos vendedores, cuja verificação do cumprimento deve ser exercida mediante acompanhamento do andamento da obra.

Tudo isto nos parece razoável para uma boa aquisição, entretanto, enfatizamos aquele que talvez seja o mais importante a ser pesquisado, o histórico da construtora ou incorporadora, que deve ser feito mediante simples consulta a outros compradores de prédios já acabados ou solicitando uma pesquisa junto aos órgãos de defesa do consumidor ou na justiça.

Finalmente, no que se refere à ocorrência de uma falência da construtora ou incorporadora, vale lembrar que está em vigor a lei 10.931/04, que possibilita a adoção do chamado patrimônio de afetação, instrumento protetor do empreendimento em construção dos demais compromissos assumidos pelo falido em outras obras.


FONTE: O ESTADO DE MINAS - Artigo escrito para a coluna “Mercado Imobiliário”, sob responsabilidade do Engenheiro e Advogado Francisco Maia Neto, publicada quinzenalmente no jornal Estado de Minas, de Belo Horizonte-MG

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Financiamento ou Consórcio ?

Na compra de um imóvel, especialmente a casa própria, o adquirente deve analisar com cuidado as opções disponíveis, bem como estar consciente de seus anseios e ansiedades, pois na grande maioria das vezes trata-se de um investimento para toda a vida, entretanto, ainda que haja certeza sobre esses aspectos, uma dúvida costuma afligir muitos daqueles que buscam este caminho, a escolha da opção de compra.

Usualmente as pessoas não dispõem da totalidade dos recursos para aquisição de seu imóvel, o que seria ideal, portanto, precisam viabilizar uma forma de diferir a maior parte do valor do bem, podendo surgir então duas opções, a utilização do financiamento ou a entrada em um sistema de consórcio imobiliário.

A opção do financiamento é a mais tradicional, existente desde os tempos do extinto BNH (Banco Nacional da Habitação), criado no início da década de 60, onde a maioria de nossos pais adquiriam a casa onde moramos, que hoje encontra-se dividido em duas modalidades, o SFH (Sistema Financeiro da Habitação), caracterizado por um maior prazo para pagamento, e o SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), que apresenta prazos menores.

Não obstante tratarem-se de sistemáticas padrão dentro do sistema financeiro, existem diferenças entre as diversas instituições financeiras nos produtos disponibilizados no mercado, seja na taxa de juros, no prazo, no comprometimento da renda familiar e no total financiável, não obstante em todos podem ser oferecidos prazos de até 20 anos.

Além disso, segundo os agentes do mercado imobiliário, um dos principais obstáculos enfrentados pelo futuro mutuário é a elevada burocracia para a comprovação da renda bruta, que chega a inviabilizar muitas vendas.

Um fator positivo, que cada dia se mostra mais evidente, é a constante redução das taxas básicas de juros, conhecida como SELIC, que tem elevado impacto sobre os juros dos financiamentos, o que conseqüentemente irá levar à sua diminuição gradativa.

Outra questão que merece análise é o sistema de amortização adotado no financiamento, sendo o mais tradicional a Tabela Price, que estipula parcelas fixas, existindo também o SAC (Sistema de Amortização Constante) e um terceiro, conhecido como SACRE.

Já o sistema de consórcio imobiliário é uma modalidade onde não existe a cobrança de juros, pois é o aderente que estipula sua contribuição, mas incide uma taxa de administração, podendo tornar as prestações mais baratas, além de ser menos burocrática, pois não exige comprovação de renda mensal.

Outra vantagem que muitos enxergam no consórcio encontra-se no montante do valor do imóvel a ser financiado, que abrange a totalidade de seu valor, enquanto no financiamento está limitado a 80% do valor do imóvel.

Em resumo, não existe uma modalidade que seja melhor que a outra, mas aquela que melhor se amolda às condições do comprador, uma vez que no financiamento o adquirente passa a ter disponibilidade imediata para aquisição, enquanto no consórcio a carta de crédito somente é liberada mediante lance ou sorteio.


FONTE: O ESTADO DE MINAS - Artigo escrito para a coluna “Mercado Imobiliário”, sob responsabilidade do Engenheiro e Advogado Francisco Maia Neto, publicada quinzenalmente no jornal Estado de Minas, de Belo Horizonte-MG

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Compra de Terreno

Uma das formas usuais daquelas que reúnem uma quantia em dinheiro para a aquisição de um imóvel é a compra de um terreno, muitas vezes objetivando a construção da casa dos sonhos, mas é importante tomar algumas precauções para que esta sonhada empreitada não se transforme em um pesadelo, especialmente se ocorrer por pura falta de informações.

Os maiores equívocos ocorrem devida à ansiedade em realizar logo o negócio, fazendo com que a prudência seja deixada de lado, quando se adquire um terreno sem querer verificar junto à prefeitura as informações básicas sobre os usos permitidos no local, ou até mesmo sem checar junto às fontes competentes a área correta do imóvel.

Não estamos falando do que é melhor para se comprar, pois esta é uma decisão individual, relacionada diretamente às necessidades e expectativas do comprador, mas de cuidados essenciais que devem ser tomados, especialmente quando, na imensa maioria dos casos, adquire-se o terreno visando utilizá-lo em futura construção, portanto, analisaremos algumas recomendações básicas quanto a essas questões.

No que se refere à localização relativa na quadra, é bom lembrar que os terrenos de esquina são mais apropriados ao uso comercial, uma vez que, quando a utilização for residencial, obrigam à perda com recuos, além de exigir maior extensão de muros e fachadas.

Quanto ao solo superficial, recomenda-se uma análise, ainda que expedita, pois tanto terrenos alagadiços, ou que contenham nascentes, ou aqueles com grande quantidade de pedras, podem trazer futuras implicações quanto ao desenvolvimento de projetos, recomendam-se nessas situações externas a consulta a especialistas.

A verificação das condições do entorno é fator determinante, começando pelas condições de acesso e infra-estrutura, bem como em relação à vizinhança, observando o padrão construtivo das edificações próximas e mesmo a vista do terreno pretendido, tomando-se como exemplo a proximidade com cemitérios e favelas como fatores desvalorizantes, e com praças ou parques como pontos fortes nestes itens.

Outro fator que não pode ser desprezado refere-se às questões ambientais, especialmente quando o terreno possui espécies vegetais, que podem representar um empecilho quando da retirada de árvores, devendo haver consulta prévia aos órgãos competentes.

Além da análise e verificação desses pontos visíveis, é sempre bom lembrar que cada cidade tem na lei de uso e ocupação do solo, que dita as regras do futuro aproveitamento do terreno a ser adquirido, bem como um código de obras ou posturas municipais, que irá ditar as regras da futura edificação.

Dessa forma, após a escolha do terreno, deve-se procurar a prefeitura local, no sentido de requerer um documento onde constem as informações oficiais sobre o imóvel, tais como aprovação do loteamento, possibilidade de desapropriação, restrições ambientais, necessidade de recuos, potencial construtivo, etc.

Não obstante esses cuidados essenciais e as recomendações propostas, é sempre importante a consulta a um profissional especializado, que poderá orientar sobre essas e outras questões, permitindo assim uma compra tranqüila e sem surpresas desagradáveis.


FONTE: O ESTADO DE MINAS - Artigo escrito para a coluna “Mercado Imobiliário”, sob responsabilidade do Engenheiro e Advogado Francisco Maia Neto, publicada quinzenalmente no jornal Estado de Minas, de Belo Horizonte-MG

sábado, 19 de setembro de 2009

Comprar ou Alugar ?

Este questionamento é uma das maiores aflições que atinge as pessoas quando o assunto é casa própria. Muitas são as opiniões que perdem para um ou outro lado, tendo ficado em evidência, por exemplo, com a popularidade do best-seller “Pai Rico, Pai Pobre”, de Robert T. Kiyo saki e Sharon L. Lechter.

Nesta conhecida publicação existe quase um dogma, segundo o qual o dinheiro deve trabalhar para as pessoas, sendo que no caso imobiliário, prega-se que a utilização de um financiamento não é um bom negócio, e este dinheiro deve ser revertido para o mercado financeiro, enquanto o usuário parte para o aluguel e dedica-se à acumulação de uma reserva financeira.

Aqueles que apostam nesta estratégia raciocinam que a independência financeira de uma pessoa virá dos investimentos, quando a pessoa poderá comprar o que quiser, inclusive a casa própria, se for o caso, sempre sob o prisma de que a compra financiada, ainda que a juros subsidiados, pode resultar em um gasto maior, sendo mais interessante poupar, mesmo pagando aluguel, para comprar à vista mais tarde.

Por outro lado, todos sabem, muitos por experiência própria ou próxima, que o aluguel é um grande vilão no orçamento pessoal, e o sonho da casa própria sempre vem acompanhado de questões intangíveis e psicológicas, especialmente no quesito segurança, embalado pela instabilidade econômica das últimas décadas e do crescimento urbano, que resultou em um considerável déficit habitacional em nosso país.

De qualquer forma, o mais importante é refletir bem antes de tomar uma decisão, no que se refere à situação pessoal de cada um, especialmente à sua estrutura familiar, casado ou solteiro, ou suas possibilidades de uma futura mudança, que poderão afetar na escolha do caminho que irá optar.

Quando algumas perguntas não encontram respostas, ou existem muitas dúvidas quanto à questões como estas, certamente a melhor opção é alugar, até que a situação possa se clarear e então, ultrapassada esta primeira barreira, possa pensar no que realmente irá definir.

Passando à questão do financiamento, uma análise do prazo de utilização do imóvel versus o prazo de financiamento é uma questão importante, pois se aquele imóvel escolhido não irá lhe proporcionar utilidade por muito tempo, o melhor é partir para outro que irá ser utilizado por mais tempo, ainda que a prestação seja superior, ou talvez alugar um imóvel mais simples, possibilitando a formação de uma poupança que diminuirá a futura prestação.

Outros entendem que seria mais lógico a aquisição de um imóvel mais antigo, onde já foi absorvida grande parte da depreciação, entretanto, a pessoa deve ter em mente que trata-se de uma opção que pode acarretar futuras dificuldades de venda, além de acarretarem custos mais elevados de manutenção, o que somente se justifica se for uma decisão para o longo prazo.

Além disso, vale a pena estudar outras opções, como o consórcio ou modalidades novas que estão surgindo, que conjugam arrendamento com prestação, sendo o mais importante planejar desde cedo o seu futuro, e, para a imensa maioria das pessoas, não só por elas, mas especialmente para suas famílias, vale sim a pena realizar o sonho da casa própria.

Fonte: O ESTADO DE MINAS - Artigo escrito para a coluna “Mercado Imobiliário”, sob responsabilidade do Engenheiro e Advogado Francisco Maia Neto, publicada quinzenalmente no jornal Estado de Minas, de Belo Horizonte-MG

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O ‘ex-peculador’ imobiliário


Há tempos buscamos demonstrar à opinião pública que o jargão ‘especulador imobiliário’ não se aplica aos empreendedores imobiliários. Esta expressão define pessoas físicas ou jurídicas que adquirem terrenos e os estocam para vender na alta e obter ganhos maiores – o que construtores e incorporadores jamais fizeram, pois é para eles um estoque de altíssimo custo, além de ser insumo básico do imóvel construído.

O negócio imobiliário se estrutura a partir das demandas de mercado e do regramento da legislação de uso e ocupação do solo. Se o planejamento para o desenvolvimento da cidade não for correto, se as regras impostas não forem adequadas, impossível ao produtor imobiliário mitigar os problemas decorrentes por meio de sua atuação operacional.

No momento em que se discute a revisão do Plano Diretor, toda e qualquer proposta de alteração que possa resultar em maior área para produção de novos empreendimentos é prontamente atacada por urbanistas e movimentos como obra da ‘especulação imobiliária’. Até parece que esses cidadãos não entendem que há outras pessoas querendo viver e trabalhar na cidade, com mais qualidade. Uma demanda que merece igualmente ser atendida. Mas a deturpação é tamanha que se fala até mesmo em ‘cheque em branco’ para o setor produtivo – como se isso fosse possível no regime democrático que felizmente funciona.

Agora, o embate é retomar na revisão do Plano Diretor as quatro macroáreas (reestruturação e requalificação urbana; urbanização consolidada; urbanização em consolidação; e urbanização e qualificação). Cada uma delas tem diretrizes específicas para permitir construções, levando em consideração o grau já existente de ocupação e infraestrutura.

Para o mercado imobiliário, que de forma alguma é contra a especificação e definição clara das macroáreas na cidade, o que realmente importa é que as regras sejam claras e, principalmente, contribuam para um desenvolvimento urbano adequado, com sustentabilidade e com modelos de ocupação que possam melhorar a mobilidade na cidade, possibilitando ao mercado atender a demanda existente de forma compatível com o poder aquisitivo daqueles que necessitam dos imóveis para morar. Se efetivamente essas macroáreas atenderem à cidade e seus habitantes, e ajudarem ao reordenamento que todos desejamos, não há porque deixar de preservá-las no escopo da revisão. O que interessa é uma cidade melhor para todos.

Esta é, como sempre foi, a visão dos empreendedores. A sociedade precisa passar a enxergá-la e, dessa forma, nos reconhecer como desenvolvedores imobiliários, este sim o jargão a ser adotado para definir os empreendedores que atuam no mercado de imóveis formal e legal.


Por: Claudio Bernardes, vice-presidente do Secovi-SP - Portal Fator Brasil

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Economia brasileira cresce 1,9% no 2º trimestre e sai da recessão, diz IBGE. Expansão foi registrada em relação ao primeiro trimestre 2009.


(matéria muito interessante sobre os últimos dados econômicos do IBGE, em linguagem simples)


A economia brasileira saiu da recessão no segundo trimestre de 2009, quando cresceu 1,9% em comparação aos três meses imediatamente anteriores, segundo dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (11).

A recessão técnica, de acordo com economistas, configura-se quando uma nação registra contração da economia por dois trimestres consecutivos. No Brasil, isso ocorreu no quarto trimestre de 2008, quando o PIB ficou negativo em 3,6%, e no primeiro trimestre deste ano, quando a retração foi de 0,8%.

Na comparação anual, no entanto, o PIB ainda mostra retração: queda de 1,2% sobre o segundo trimestre do ano passado, quando a economia ainda não havia sido atingida pela crise financeira mundial.

Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 756,2 bilhões no segundo trimestre.

No acumulado do ano até junho, a economia "encolheu" 1,5% em relação ao mesmo período de 2008. Nos últimos 12 meses até junho, há alta de 1,3% na comparação anual.

O desempenho da economia ficou dentro da expectativa do governo federal, que previa crescimento entre 1,8% e 2%.

Consumo doméstico

O consumo das famílias continuou aquecido e foi um dos principais pontos favoráveis à demanda interna. Segundo o IBGE, o crescimento da despesa de consumo das famílias foi de 2,1% em relação ao primeiro trimestre.

Já na comparação ao segundo trimestre do ano passado, os gastos das famílias brasileiras com consumo cresceram 3,2%, o 23º crescimento consecutivo nessa base de comparação.

Estimularam esse resultado o aumento da massa salarial real (alta de 3,3%) e o aumento do crédito para pessoas físicas na comparação anual. Segundo o IBGE, houve aumento de 20,3%, em termos nominais, do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas.

Setores

O destaque na comparação com o trimestre anterior, segundo o IBGE, foi a indústria, que cresceu 2,1%; seguida por serviços (1,2%); a agropecuária apresentou variação negativa de 0,1%.

Já a despesa de consumo da administração pública registrou variação negativa de 0,1%.

Os números que medem o nível de investimentos no Brasil, a formação bruta de capital fixo, mostrou variação zero.
No setor externo, tanto as exportações como as importações de bens e serviços apresentaram crescimento, de 14,1% e 1,5%, respectivamente.

Comparação anual

Na análise dos números do segundo trimestre de 2009 ante o mesmo período do ano passado, apenas as atividades de serviços apresentaram crescimento (2,4%).

Todos os demais setores encolheram: indústria (-7,9%) e agropecuária (-4,2%).

A atividade industrial caiu em todos os segmentos. A maior queda foi na indústria de transformação (-10%), influenciada principalmente pela redução na produção de máquinas e equipamentos; metalurgia; peças e acessórios para veículos; mobiliário; vestuário e calçados.

Também houve retração de 9,5% na construção civil; queda de 4% em eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana; e redução de 0,8% na extrativa mineral, onde a extração de minérios ferrosos caiu 27,4%, e a extração de petróleo e gás natural aumentou 5,9%.

O aumento dos serviços (2,4%) resultou das variações positivas da intermediação financeira e seguros (8,2%), que voltou a crescer no mesmo patamar do terceiro trimestre de 2008; outros serviços (7,3%); serviços de informação (6,8%), devido principalmente aos desempenhos da telefonia móvel e dos serviços de informática; administração, saúde e educação públicas (2,8%); e serviços imobiliários e aluguel (1,4%).

Por outro lado, transporte (de carga e passageiros), armazenagem e correio teve queda de 5,3% no segundo trimestre, bem como o comércio (atacadista e varejista), que caiu 4,0% - ambos influenciados pelo resultado da indústria de transformação.

Fonte: Globo.com

sábado, 12 de setembro de 2009

Como sempre, esta corretora que vos informa, está preocupada em dar todas as dicas...

SÃO PAULO - A compra da casa própria é um sonho para muitas pessoas. Por isso mesmo, deve ser feita com muita cautela e responsabilidade, para que nada dê errado. Isso porque ninguém quer perder o dinheiro que lutou tanto para conseguir. Conforme divulgou o Jornal dos Imóveis, o ideal para quem está pensando em adquirir uma casa ou apartamento é elaborar uma lista de obrigações a serem cumpridas antes de fechar o negócio. Passo-a-passo:

1. Procure uma imobiliária (ou corretor credenciado): para economizar tempo, evitar problemas desnecessários e realizar um negócio seguro, esta é a melhor opção. Antes de escolher a empresa, considere a estrutura, disponibilidade do corretor e solicite as referências de vendas anteriores. Leve em conta ainda os serviços oferecidos, área geográfica de atuação, quantidade de imóveis constantes na carteira, atendimento fora do horário comercial, prestação de apoio a financiamentos e elaboração de contrato profissional com revisão de advogado.

2. Defina suas necessidades com clareza: converse com cada membro da família para decidir o que é importante no imóvel: quintal, piscina, dependência de empregada etc. Dependendo da verba disponível, é provável que seja necessário acrescentar ou retirar itens.

3. Faça uma reunião com o corretor: isso serve para planejar a aquisição e para que você apresente suas necessidades (número de dormitórios, localização etc), estilo de vida e potencial de compra (quantia em dinheiro, necessidade de financiamento, disponibilidade do FGTS, automóvel ou outro imóvel que possa ser dado como parte do pagamento).

4. Visite um número razoável de imóveis: só faça negócio após visitar um número razoável de casas e apartamentos, entre 5 e 8, com todas as pessoas que têm poder de decisão na família.
Além disso, visite o imóvel escolhido mais de uma vez, de dia e à noite, se possível. Ainda pergunte aos vizinhos sobre segurança, odores, desapropriações, vazamentos, desabamentos e inundações. Considere também valorizações futuras, valor de revenda, posição do imóvel em relação ao sol e como você se sentiu nele.

5. Faça uma inspeção minuciosa: antes de assinar o contrato, fique atento às rachaduras, ao quadro de força e às condições do telhado. Além disso, procure descobrir se há vazamentos, diminuição de vazão de água entre pontos, existência de cupins, paredes úmidas, ocas ou descoladas.

6. Negocie antes de firmar acordo: faça propostas inteligentes, com a ajuda de seu corretor. Lembre-se de não fechar negócio pelo primeiro valor ofertado, especialmente se o pagamento for feito à vista. Se o proprietário residir no imóvel que você está visitando, procure não conversar com ele, especialmente sobre preços e condições comerciais. Isso porque muitas negociações são bloqueadas por interferências, mesmo inocentes, de interessados e do proprietário.

7. Revise o contrato: é recomendável que toda compra de imóvel seja acompanhada de um instrumento particular de contrato elaborado pela imobiliária, mesmo que a escritura seja lavrada imediatamente após a negociação. Para quem não sabe, o contrato protege ambas as partes e estabelece condições, por exemplo, sobre a posse no imóvel e dívidas de impostos que não são cobertas na escritura.

8. Verifique os documentos: faça com que o vendedor apresente certidões negativas dos cartórios de protestos, dos distribuidores cíveis, da Justiça Federal, da Receita Federal e de tributos municipais. Além disso, é importante verificar a matrícula atualizada do imóvel, expedida pelo Oficial do Cartório de Registro de Imóveis, e uma declaração que confirme que as taxas de condomínio estão em dia, no caso dos apartamentos.
Fonte: InfoMoney

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Consórcio de imóveis ultrapassa 531 mil participantes em julho


SÃO PAULO - De acordo com os resultados registrados pelo Sistema de Consórcios, em julho deste ano, o consórcio de imóveis superou o número de 531 mil participantes ativos. O percentual é 7,3% maior do que o registrado no mesmo mês de 2008 (495 mil). De acordo com o presidente executivo da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), Paulo Roberto Rossi, o sonho da casa própria tem sido cada vez mais procurado por quem planeja e deseja economizar. "O consórcio tornou-se um mecanismo de poupança, cuja disciplina propicia economia para quem planeja a aquisição da casa própria, objetivo número um do brasileiro", revela.

Comercializações e contemplações

O acumulado de vendas entre janeiro e julho deste ano apresentou 117,3 mil novas cotas, número 2,3% maior que o registrado no mesmo período do ano anterior, quando foram vendidas 114,6 mil cotas. No mesmo período de análise, as contemplações (momento em que os consorciados têm a possibilidade de adquirir seus imóveis) cresceram 12,1%, passando de 34,4 mil passados sete meses de 2008 para 38,5 mil em igual período deste ano. Hoje, no Sistema de Consórcios, há mais de 3,71 milhões de participantes, que entraram no sistema para adquirir todos os tipos de bens, como veículos, imóveis e serviços.


Consórcio ou financiamento? Na hora de escolher entre o financiamento e o consórcio para adquirir o imóvel, é importante ficar atento para as vantagens e desvantagens de cada opção e também ao seu perfil de comprador. Enquanto é possível ter as chaves do imóvel assim que o financiamento é liberado, pelo consórcio, é preciso aguardar ser sorteado para ter acesso ao crédito. Por outro lado, pelos consórcios, não são cobrados juros, apenas taxas de administração. Ainda não é preciso dar qualquer tipo de entrada para ingressar no sistema, ao passo que, nos financiamentos, um bom valor inicial ajuda na diminuição do prazo e, consequentemente, na queda dos juros.


Fonte: InfoMoney

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Condomínios oferecem serviços diferenciados para dar maior comodidade ao morador carioca, também para paulistas.

Matéria bastante interessante, que revela muitas opções de prestação de serviços oferecidos pelas empresas construtoras e condomínios, que esclarecem e orientam muitos clientes interessados em realizar seu sonho de um novo apartamento. O texto é longo mas vale a pena !

Rio de Janeiro - Então você precisa deixar o carro para lavar, mas não tem tempo de ir até uma loja especializada. Já pensou em morar num condomínio que ofereça serviços como esse para facilitar a sua rotina diária? Depois da febre das academias de ginástica, construtoras e empresas de administração predial começaram a investir em serviços diferenciados. Spas, restaurantes assinados por especialistas em gastronomia, pet cares, livrarias e salões de beleza estão entre os produtos oferecidos nos novos empreendimentos. A maior parte dos lançamentos está em fase de construção e é voltada para as classes média e média alta. O preço dos apartamentos pode variar entre R$ 210 mil e R$ 1 milhão.

De acordo com Bruno Oliveira , do departamento de marketing da construtora Calçada, que tem dois empreendimentos em construção com esse tipo de serviço, esta é uma tendência recente que responde aos anseios do perfil do novo morador, com uma vida agitada e pouco tempo disponível. “Nós pretendemos com esses serviços facilitar a vida do morador e sem onerar o condomínio que conta com o adicional apenas da taxa de administração. Os serviços só são pagos por quem os utiliza”, explica Bruno Oliveira.
Destinado à classe média, o condomínio Elegance, em Duque de Caxias, por exemplo, oferece serviços de salão de beleza e Spa. Já o Barra Mais, na Barra da Tijuca, inclui supermercado delivery, baby-sitter, personal trainer, manutenção de reparos e passeador de cachorros. Todos os itens serão terceirizados, ou seja, o cliente só pagará pelo que usar. As unidades residenciais de dois quartos de ambos empreendimentos custam em torno de R$ 210 mil enquanto as de três giram por volta de R$ 250 mil. Outro condomínio, este ainda na planta, que oferecerá serviços de SPA e choperia é o Original Grajaú, da CHL, com apartamentos com custo médio de R$ 270 mil, com dois quartos; e R$ 310 mil, com três.

Condomínio Le Parc, da RJZ/Cyrela, oferece serviço de Spa aos moradores
No segmento de luxo, o Le Parc, empreendimento já pronto da RJZ/Cyrela, e os condomínios do Iles de La Península, estes em fase de construção pela incorporadora em parceira com a Carvalho Hosken, incluem clínicas de estética, livraria, restaurante e café. O preço médio dos apartamentos pode custar entre R$ 565 mil, com dois quartos e R$ 1 milhão, com três. De acordo com Ricardo Corrêa, diretor de marketing da Carvalho Hosken, a participação de condomínios com esse tipo de serviço é de 100%, de quatro anos para cá. “Com certeza, eu diria que, daqui para frente, os empreendimentos, principalmente os de luxo, vão adotar esse padrão. Cada vez mais o homem está voltado para si mesmo. Por isso, torna-se imperativo oferecer esse tipo de serviço. No Rio, o condomínio com este modelo já caiu no gosto do carioca. Além disso, esses empreendimentos trazem um valor agregado inestimável. E do ponto de vista financeiro ou econômico, como estamos falando em torno de 600, 700 unidades, você tem uma cota condominial baixíssima, com um custo-benefício que vale a pena”, explica Ricardo Corrêa.
O planejamento ideal das cidades prevê a oferta de variados serviços na proximidade de casa e em todo o bairro. Quando isto não ocorre torna-se quase necessário ter este atendimento nos condomínios, principalmente de bairros planejados para o automóvel, como a Barra da Tijuca.
Construtoras já oferecem mais de uma opção de planta para os clientes de um mesmo empreendimento. A ideia é disponibilizar alternativas de projetos para não perder vendas porque o consumidor precisava de um quarto a mais ou uma cozinha maior. Na hora de fechar o negócio, o novo proprietário precisa, apenas, escolher a metragem da unidade e a disposição dos cômodos.

A incorporadora Rossi oferece cinco alternativas de plantas para empreendimentos de médio e alto padrão. Segundo a gerente de incorporação da empresa, Carmem Lopes, são apartamentos que podem ter, em média, entre 95 metros quadrados a 125 m² e, dependendo do gosto do freguês, ter cozinha ampliada com banheiro, ou cozinha e sala ampliadas, ou ainda outras três opções. No momento da visitação, os vendedores oferecem o serviço, detalhando passo a passo como funciona a operação. No caso da Rossi, não há necessidade de o futuro proprietário escolher na hora qual planta prefere, ele tem tempo para decidir a melhor alternativa de planta. “O cliente não paga nada a mais por isso e pode ter o apartamento do jeito exato da sua necessidade”, diz Carmem.

Fachada do empreendimento na MaxHaus
A MaxHaus também deixa o cliente à vontade para configurar a unidade com a sua cara. Segundo o idealizador do projeto, José Paim de Andrade, o cliente ganha quatro paredes e um banheiro. “A partir daí, escolhe a planta – um, dois, três ou nenhum quarto, a um valor mínimo inferior a 3% do custo do imóvel por parede erguida”.

Estão previstas no cronograma da companhia empreendimentos com o conceito da “Arquitetura Aberta” na zona leste da capital paulistana, na zona sul e zona oeste. Depois de São Paulo, o MaxHaus chega a Porto Alegre e Curitiba e futuramente pretende desenvolver produtos para o mercado internacional. O produto permite que essa decisão possa ser tomada no ato da compra ou ao longo da vida. “Estamos na era da alta tecnologia, da valorização do indivíduo e da auto-expressão. É natural que a tendência da customização chegue ao lugar onde as pessoas moram”, diz Paim.

A construtora Even tem o produto Excluseven, que a partir da planta padrão disponibiliza opções de mudanças para o cliente – do projeto ao acabamento. “É importante frisar que essas alterações são planejadas dentro do cronograma da obra, para que o imóvel seja entregue na data antes estipulada e com 100% das modificações executadas”, conta Fabiano Delvaux, gerente de relacionamento da incorporadora. São mais de dez opções de personalização, que vão desde abrir ou fechar a cozinha para a sala, até a troca do piso da suíte. A Even observou que este produto contribuiu para o crescimento de mais de 50% na procura de seus imóveis, principalmente entre os jovens. “Essa cobrança pode ser feita de duas formas: ou com o acréscimo das melhorias no preço final do imóvel, ou com o valor integral de algum item, como uma churrasqueira.”



Fonte: Jornal O Globo (publicado em 30/07/09)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Imóvel usado sobe até 121% em um ano


Por causa da retração dos lançamentos em São Paulo, oferta de novos caiu provocando valorização do estoque. Os preços dos imóveis usados chegaram a mais que dobrar na cidade de São Paulo entre julho de 2008, período antecedente à crise, e junho deste ano, quando a economia brasileira deu sinais mais robustos de recuperação. Pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP) indica que o preço médio do tipo de imóvel mais barato na capital paulista – casa simples, de padrão standard, construída há mais de 15 anos em regiões afastadas do centro, como Itaquera e Lauzane Paulista – teve aumento nominal (sem descontar a inflação) de 121,36% no período.

O preço do metro quadrado de desse tipo de imóvel localizado na periferia saltou de R$ 511 em junho do ano passado para R$ 1.131,13 em junho de 2009. Entre esses dois períodos, o preço desse imóvel e de todos os outros pesquisados naturalmente oscilou, explicam técnicos do Creci-SP. Contudo, se quem comprou esse imóvel em junho do ano passado o vendesse em junho de 2009 obteria um ganho superior a 100%.

Apartamentos de padrão médio construídos há mais de 15 anos e situados em bairros de classe média para média baixa (zona C), onde estão bairros como Aeroporto e Tucuruvi, ficaram 51,98% mais caros. Nesses 12 meses, o preço do metro quadrado passou de R$ 1.693,99 para R$ 2.574,54. Para apartamentos de padrão médio, construídos há 15 anos ou mais em bairros de áreas nobres (zona A), como Itaim Bibi e Campo Belo, a valorização foi de 42,76%. O metro quadrado passou de R$ 2.031,59 para R$ 3.285,71.

“O que regula os preços do mercado é a lei da oferta e da procura”, diz o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto. “Quando a procura é grande e a oferta é pouca, os preços tendem a subir.”

A crise, segundo ele, não afetou a demanda, mas atingiu diretamente os lançamentos, o que favoreceu o mercado de usados. “Desde setembro, o número de lançamentos despencou, tanto que houve um crescimento muito forte na procura por imóveis usados.”

O vice-presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Flávio Prando, observa que a escassez de terrenos com áreas adequadas para empreendimentos também pesa na redução de lançamentos na capital paulista. Para ele, isso vale especialmente para imóveis voltados para a classe média e a classe econômica.

“Um reflexo disso é que o mercado de novos migrou para imóveis de quatro dormitórios, que absorvem o custo do solo mais caro, empurrando ainda mais a classe média e a classe econômica para a periferia.”

Para o presidente do Creci-SP, outro fator que favoreceu o mercado foi a vantagem comparativa do imóvel como reserva de valor em relação às aplicações financeiras, cuja rentabilidade caiu de forma abrupta por causa da crise e do corte na taxa básica de juros (Selic).

Entre os ativos financeiros tradicionais, o Certificado de Depósito Bancário (CDB) foi um dos que tiveram maior valorização no período de junho de 2008 a junho de 2009. Para aplicações de R$ 4 mil a R$ 5 mil, o rendimento médio foi de 9%, sem descontar a inflação e o Imposto de Renda.

Já o investimento em dólar brilhou. Quem tivesse comprado a moeda americana pelo valor médio cotado pelo Banco do Brasil em 30 de junho de 2008 e o vendido em 30 de junho último teria ganhado 22,61%.

A valorização do imóvel usado está sempre condicionada a um conjunto de fatores, como valorização ou depreciação do bairro, a demanda e a oferta ou a falta dela. O preço dos apartamentos de padrão médio construídos entre 8 e 15 na zona C, por exemplo, caiu 36,23% em 12 meses até junho.

As vendas estão aquecidas no interior paulista, principalmente em cidades grandes como Campinas e Presidente Prudente, segundo o Creci-SP. Não há estatísticas referentes aos demais Estados, mas o presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), João Teodoro da Silva, conta que o mercado está ativo em todo o País. “Como a demanda não se abalou com a crise, os preços tendem a subir com regularidade, sem explosões”.



Fonte: Estadao – Por Marcelo Rehder

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Contrutoras fazem liquidação, falem com esta corretora que vos informa

SÃO PAULO – Com o aumento dos estoques de imóveis ocorrido durante o período alto da crise financeira mundial, construtoras e incorporadoras estão investindo em ações agressivas de marketing para fazer uma verdadeira liquidação de seus lançamentos. É o caso da InPar, que não efetuou lançamentos em 2009. Segundo a gerente de Marketing, Giancarla Medeiros, “todas as ações promocionais têm como objetivo vender mais”.

Sem lançamentos, a InPar trabalha duro para ter liquidez de estoque. Conforme os seus resultados do segundo trimestre, a empresa tinha cerca de R$ 845,8 milhões em valor geral de vendas (VGV), em estoque. Deste montante, R$ 294,8 representam lançamentos de 2008. Boa parte dessas unidades à disposição, R$ 505,9 milhões em VGV, também eram unidades lançadas, porém em 2007. “Conforme o seu foco, você faz ações todos os fins de semana para atrair as pessoas”, diz Giancarla.

Ela conta que já reuniu cerca de 3 mil pessoas em um empreendimento no Espírito Santo, no qual houve uma apresentação da banda Paralamas do Sucesso. Mas a estratégia promocional da InPar não se limita às unidades em estoque. “Estamos em uma retomada de lançamentos”, afirma Giancarla. A empresa programa um lançamento, o Mairare, para outubro, em São Paulo.
Dinheiro

O fato é que aumentar o número de pessoas nos lançamentos automaticamente gera um acréscimo na velocidade de vendas. “Nós vendemos mais rápido as unidades de empreendimentos que têm alguma promoção ou atividade”, completa Giancarla.

Para liquidar as unidades de 33 de seus empreendimentos já lançados, a Even promove uma ação que chama a atenção pela proposta: dar R$ 1 mil para quem visitar seus imóveis e mesmo assim comprar do concorrente. Essa ação, que parece apelativa, é apoiada no crescimento do número de visitas.

Segundo o diretor de Marketing da Even, Meyer Cohen, a promoção deve aumentar em 70% o número de visitas aos empreendimentos. “Oferecer esse valor às pessoas que compram do concorrente tem um objetivo simples: as pessoas com certeza visitarão nossas unidades antes de procurar o concorrente”, afirma Cohen.

Mas existem alguns limites, como medidas semelhantes, preços com pequenas diferenças e proximidade na localização dos empreendimentos entre os imóveis.
Off-road

No final de semana, a Tecnisa montou uma pista para off-road e disponibilizou seis veículos Land Rover aos clientes no local de vendas do Vila Nova Reserved, na Vila Nova Conceição, em São Paulo. Compareceram ao local 214 pessoas, e 56 visitaram o estande de vendas. A gerente de Marketing da Tecnisa, Renata Malucelli, diz que o objetivo principal era “aumentar o fluxo de pessoas no estande de vendas”.
Fonte: DCI – Diário, Comércio, Indústria & Serviços

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O Índice Nacional de Custos da Construção (INCC)

Concebido com a finalidade de aferir a evolução dos custos de construções habitacionais, o índice, de início, referia-se aos padrões e gabaritos simples de então.

O primeiro índice oficial de Custo da Construção Civil no Rio de Janeiro data de 1950 com retroação de sua série histórica até janeiro de 1945. Esse índice referia-se ao custo de um edifício de três pavimentos, sem elevador, padrão esse que constituía o mais usual na época. Sua composição inicial compreendia 16 itens específicos.

Em vista das inovações posteriormente introduzidas nos estilos, gabaritos e técnicas de construção, o ICC teve que, aos poucos, se adaptar aos novos produtos e especialidades de mão-de-obra.

Em janeiro de 1972 foi realizado estudo para implantação do novo sistema de cálculo do Índice de Custo da Construção, em decorrência da necessidade de revisão da metodologia, e ao mesmo tempo, da atualização do sistema de pesos, face a mudança na composição de diversos gabaritos e padrões usuais na cidade do Rio de Janeiro.

Até dezembro de 1974, seu cálculo era baseado na fórmula tipo Laspeyres de base fixa. Não era permitida a introdução de modificações na especificação de nenhum de seus componentes. O sistema de ponderação empregado referia-se à estrutura de custo de um edifício de três pavimentos com seis apartamentos ao todo.

Em janeiro de 1975 adotou-se nova fórmula de cálculo que permitiu a primeira mudança nos materiais de construção. A segunda modificação refere-se aos tipos de gabaritos e padrões utilizados no novo índice. Chegou-se a um desdobramento tal que, além do índice médio, tinha-se aberturas segundo as suas características verticais: 1 (casas), 4 , 8 e 12 pavimentos.

Esse índice abrangia o total de 31 itens, sendo três relativos a mão-de-obra e 28 a materiais de construção.

Com o agravamento do processo inflacionário nos anos 80, a utilização do ICC-RJ na formação do Índice Geral de Preços (IGP) passou a apresentar um sério inconveniente em função das bruscas oscilações por conta dos reajustamentos salariais concedidos em fevereiro e agosto de cada ano, meses de dissídios coletivos no Rio de Janeiro.

Se já havia uma vontade de que o índice deixasse de ser apenas regional, esses acontecimentos anteciparam a decisão de mudança no IGP, que deveria incorporar um índice de construção nacional. Há algum tempo já existia o índice de Edificações, e a substituição de um índice pelo outro poderia ter sido efetuada. De certa forma isso foi feito, pois o INCC introduzido em fevereiro de 1985 (incluindo mais sete capitais, além do Rio de Janeiro) pode ser visto como um encadeamento da série anterior do ICC-RJ com as evoluções de custos captadas pelo Índice de Edificações. Os dois continuaram a coexistir apenas por questões de formas de apresentação e, principalmente, para resguardar interesses de usuários (como se sabe, existem muitos contratos de obras com cláusulas de correção baseadas num ou noutro índice).

Em janeiro de 1986 foram efetuadas atualizações de itens e ponderações. Além disso, expandiu-se o número de municípios de capitais para 18. Os prédios de oito andares, de menor expressão nas licenças de "habite-se", foram excluídos do índice, e a estrutura de custos foi revista, de forma que se chegou a especificação de 56 tipos de materiais e 16 categorias de mão-de-obra, levando-se em consideração os seguintes padrões de construção habitacional:

H1 - casa de 1 pavimento, com sala, 1 quarto e demais dependências, medindo em média 30 metros quadrados;

H4 - edifício habitacional de 4 pavimentos, constituído por unidades autônomas de sala, 3 quartos e dependências, com área total média de 2520 metros quadrados;

H12 - edifício habitacional de 12 pavimentos, composto de apartamentos de sala, 3 quartos e dependências, com área total média de 6013 metros quadrados.

Todos os tipos citados referem-se a construções de boa qualidade mas sem luxo, já que o objetivo é o cálculo de índices que reflitam evoluções de custos de construção para um mercado compatível com a realidade econômica brasileira.

O custo da mão-de-obra está segmentado em salários e encargos sociais. A coleta de informações, no que se refere a preços e salários, é feita uma vez por mês junto a fabricantes, atacadistas e construtoras.

Em janeiro de 1996 foram feitas alterações no sistema de pesos do INCC, além da inclusão de mais duas capitais aumentando para 20 o número de municípios pesquisados.

Em janeiro de 2001, o INCC sofreu nova reestruturação, diminuindo para 12 o total de municípios pesquisados. Nessa atualização da amostra do INCC, chegou-se à seleção 723 itens específicos, sendo 659 relativos a materiais e serviços e 64 relativos a mão de obra. Agrupando-se os itens de baixa representatividade no custo total das obras, chegou-se à especificação de 51 tipos de materiais e serviços, além de 16 categorias de mão-de-obra relevantes. São pesquisados mensalmente 3500 informantes, que fornecem cerca de 20.000 cotações mensais.
Fonte: FGV

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Assunto de utilidade pública para quem mora em condomínio: É possível tirar síndico da função antes do fim do mandato?







Realmente é uma dúvida que atinge muitos moradores de condomínios... e é muito importante que os procedimentos sejam legais. Porisso nada melhor que uma especialista no assunto, detalhe-os. Espero que gostem da matéria !

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O mapa da mina


Com a retomada das vendas no mercado imobiliário, construtoras voltam a analisar regiões potenciais para o lançamento de novos projetos. Cerca de 30 bairros da Grande Vitória devem crescer e ocupar posições de destaque no cenário dos próximos três anos.

A previsão é que até 2012 cerca de 38 mil novas unidades estejam em produção em toda a Região Metropolitana. “Essa projeção de mercado vem baseada no Censo Imobiliário e também no programa ?Minha Casa, Minha Vida?, que traz um crescimento muito grande na produção”, observa o diretor da Indústria Imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), Constantino Dadalto.

Com um preço médio girando em torno de R$ 120 mil, em virtude do crescimento de ofertas de imóveis populares, a variação nos valores de imóveis deve oscilar de R$ 50 mil para bairros com projetos econômicos a R$ 300 mil, em regiões destinadas a empreendimentos para a classe média alta.

“A valorização de novos bairros vai acontecer com a consolidação dos já existentes, que devem expandir ao seu redor. E cada município possui vetores definidos e perfis com bastante clareza”, avalia o presidente da Associação das Empresas de Mercado Imobiliário do Estado do Espírito Santo (Ademi-ES), Juarez Soares.

Serra permanece em evidência diante da perspectiva de crescimento do mercado, com Valparaíso, Nova Manguinhos e Jacaraípe como destaque. Vila Velha vem em segundo lugar, diversificando a produção em bairros como Itaparica, Jóquei de Itaparica e áreas no entorno da Rodovia Carlos Lindenberg.

Já Vitória deve ir ao encontro da consolidação de bairros como Jardim Camburi, Enseada do Suá e Bento Ferreira, além de análises em regiões periféricas, como São Pedro e as margens da Rodovia Serafim Derenzi. E Cariacica terá como foco o crescimento de bairros como São Conrado e Dona Augusta, próximos a Campo Grande.

Bairros que vão crescer nos próximos três anos:

VITÓRIA
Bento Ferreira. Com terrenos maiores que a Praia do Canto e ruas mais largas, é a continuidade do crescimento da região nobre de Vitória. Deve abrigar empreendimentos comerciais e residenciais de padrão médio alto.

Enseada do Suá. De acordo com o diretor da Vitória imóveis, Moacyr Brotas Netto, o bairro vai continuar com vocação comercial, principalmente na Praça do Papa.

São Pedro e Serafim Derenzi. Há potencial para empreendimentos econômicos, mas questões ambientais e de documentação ainda são um entrave.

Jardim Camburi. Junto com Santa Terezinha, tem potencial para empreendimentos comerciais e residenciais.

Barro Vermelho. O diretor da RS Construtora, Renato Sandri, observa que a sede da Petrobras vai continuar atraindo projetos comerciais, mas unidades residenciais também vão ter vez.

VILA VELHA
Centro. Segundo o diretor da Vix imóveis, Enrico Rocha Barbosa, o prolongamento da Av. Luciano das Neves, em direção ao Shopping Barra Sol, deve abrigar mais empreendimentos comerciais de salas, em virtude dos incentivos da prefeitura.

Rodovia do Sol. Em direção ao Shopping Barra Sol, a tendência maior é de atração de empreendimentos comerciais (salas e lojões) às margens da rodovia.

Santa Inês. Deve continuar chamando atenção para projetos de empreendimentos econômicos, em virtude da localização e dos espaços disponíveis.

Barra do Jucu. Há espaço para lançamento de empreendimentos de baixa renda e também de condomínios de casas de alto padrão, em direção a Interlagos.

Jóquei de Itaparica. A localização e as áreas disponíveis para construção indicam o lançamento de projetos econômicos .

Rodovia Carlos Lindenberg. Bairros no entorno (como Cobilândia e Ibes) têm potencial para receber empreendimentos populares. Já nas margens da rodovia a tendência é construção de lojões e galpões.

Rodovia Darly Santos. A área retroportuária e a Zona de Processamento de Exportação, aliadas à nova via que vai ligar Cariacica a Vila velha, vão influenciar o surgimento de empreendimentos comerciais às margens da rodovia e residenciais nos bairros próximos.

Coqueiral de Itaparica. De acordo com o diretor da Francisco Rocha Imóveis, Francis Rocha, o bairro ainda possui áreas para abrigar empreendimentos residenciais de médio padrão.

Glória e Cristóvão Colombo. A região entre esses bairros terá crescimento de projetos residenciais, alavancado pela presença do Hospital Vila Velha e das novas vias de acesso aos bairros.

SERRA
Grande Laranjeiras. A região deve aproveitar o crescimento de Laranjeiras para receber novos lançamentos, tanto comerciais quanto residenciais.

Valparaíso. De acordo com o diretor de Novos Negócios da Lorenge, Celso Siqueira Júnior, o bairro já ocupa destaque no mercado imobiliário, em virtude de sua proximidade com o Parque da Cidade, acesso fácil à BR 101 e ao Shopping Laranjeiras.

Nova Manguinhos. De acordo com o diretor da Morar Construtora, Rodrigo Gomes de Almeida, o bairro, por estar no caminho de Jacaraípe, que é outro vetor de crescimento, já palco de lançamentos.

Jacaraípe. Apesar da proximidade com o mar, deve receber empreendimentos de padrão econômico e supereconômico.

Bairro de Fátima. A proximidade com Vitória vai ajudar a alavancar empreendimentos residenciais voltados para o padrão econômico.

Sede e Jardim Limoeiro. O foco são imóveis de padrão econômico e supereconômico. A proximidade com grandes empresas são um chamariz para essas regiões.

CARIACICA
Campo Grande. O bairro é o mais valorizado do município e ainda vai continuar apresentando alta nos preços nos próximos anos. A tendência é para empreendimentos comerciais (lojas) e residenciais. Também deve alavancar o crescimento de bairros próximos.

São Conrado e Dona Augusta. De acordo com a corretora da Imobiliária universal Lucimar Batista Pinto, os dois bairros já registram movimento de empresas comprando terrenos e comércio intenso. Devem abrigar empreendimentos de médio padrão, na faixa de R$ 120 mil.

Morada de Campo Grande. O pólo industrial de Castelo Branco, bairro próximo, deve incentivar a chegada de projetos residenciais para empresários e futuros trabalhadores

Construção de novos bairros

Ainda este ano, o mercado deve presenciar pelo menos o lançamento de dois grandes empreendimentos nos bairros de Valparaíso e Nova Manguinhos, ambos na Serra. A Rossi lança na região de Nova Manguinhos o Vila Geribá, com 403 unidades e valor de até R$ 100 mil.

Primeiro condomínio do Rossi Vilas do Mar, ficará em um terreno de 25 mil metros quadrados, que deve receber mais outros cinco condomínios independentes e e um centro comercial.

Já a Lorenge lança o Villagio Laranjeiras Condomínio Clube, cujo investimento chega a R$ 120 milhões, em Valparaíso, atrás da antiga fábrica de pastilhas e pisos Eliane. Será um empreendimento misto, com 752 apartamentos, 17 lojas e 162 salas comerciais, distribuídos em uma área de mais de 24 mil metros quadrados.

Também está em estudo o lançamento de um condomínio às margens da Rodovia Serafim Derenzi pela InPar. Já em Vila Velha, o foco é no bairro Jóquei de Itaparica, onde a Sá Cavalcante estuda o lançamento de um condomínio com imóveis que se enquadram no padrão supereconômico.

Evolução

28 mil imóveis em produção em 2010

32 mil imóveis em produção em 2011

38 mil imóveis em produção em 2012

Obs.: Projeção baseada no Censo Imobiliário, com perspectivas dos projetos em andamento dentro do “Minha Casa, Minha Vida”.

Fonte: Gazeta On-line por Karina Nobre

A seguir, três especialistas de diferentes setores ensinam os principais cuidados que todo comprador deve tomar antes, durante e depois do processo de compra de um imóvel na planta:


1 - Defina seus critérios: Antes de começar a peregrinação pelos estandes das incorporadoras, lembre-se que a compra de um imóvel na planta é uma transação de longo prazo. É um tipo de negócio que sempre requer muita análise prévia sobre suas necessidades e realidade financeira nos próximos anos. "A pessoa deve se perguntar qual é o tamanho da prestação que cabe no bolso e qual é a necessidade da família. Quando isso estiver claro, você está pronto para procurar o imóvel adequado para seu perfil", afirma João Crestana, presidente do Secovi-SP, o sindicato da habitação. De acordo com ele, esse simples "cálculo" é suficiente para manter o comprador longe de fechar contratos por impulso.


2 - Bisbilhote o passado da construtora: "Para escapar de problemas, firme contratos com incorporadoras que tenham uma boa reputação no mercado", diz Octávio Galvão Neto, coordenador da Câmara de Avaliação do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de São Paulo (IBAPE/SP). Não é possível chegar a conclusões concretas sobre a idoneidade da empresa com apenas algumas conversas com o corretor imobiliário no estande de vendas. Segundo especialistas, a primeira estratégia pra se prevenir de eventuais dores de cabeça com empreendimentos imobiliários é analisar o histórico da construtora. E isso demanda muita sola de sapato. É comum, por exemplo, que alguns prédios apresentem vícios na construção, como fissuras, infiltrações e outras deficiências resultantes de um mau planejamento arquitetônico - ou mesmo do uso de materiais de construção de baixa qualidade. Prever esse tipo de problema, contudo, é praticamente impossível. Por isso, aconselha Galvão, uma visita a outros lançamentos da construtora é indispensável. "Os problemas tendem a se repetir", diz. Assim, a dica é investigar com os moradores sobre possíveis atrasos na obra, problemas de infraestrutura e descumprimento de promessas. Verifique também se a empresa tem pendências na Justiça ou reclamações na Fundação Procon. Para conferir se a administradora pisou na bola com outros clientes, consulte a lista de reclamações no site do Procon.


3 - Atenção aos documentos: Para não cair em golpes, peça sempre uma cópia do memorial de incorporação da obra. Se o corretor disser que a construção ainda não possui, então nem continue a conversa. "É crime levantar um empreendimento sem estes documentos", diz Crestana, do Secovi. A lei 4591, de 1964, determina que, antes de iniciar qualquer negociação imobiliária, as incorporadoras devem registrar no cartório de imóveis um conjunto de quinze documentos. Entre eles estão a prova da propriedade do terreno, o projeto de construção aprovado pela prefeitura, o cálculo exato da área do imóvel e a descrição do acabamento e material utilizado na construção. "No memorial, tudo é descrito de maneira bem minuciosa. É preciso prestar muita atenção nesses itens", afirma Patrcia Ferraz, presidente da Associação dos Notários e Registradores do Estado de São Paulo (Anoreg-SP). Isso porque é muito fácil se encantar com a decoração dos apartamentos em exposição ou com as promessas dos corretores. No entanto, apenas o memorial de incorporação oferece uma dimensão concreta do imóvel que está sendo comprado.


4 - Visite a obra pessoalmente: Não visitar o local de construção da obra é um dos piores erros de quem está negociando um imóvel na planta. É comum que os estandes de vendas das construtoras fiquem em locais mais movimentados, como shopping centers. Muita gente opta pelo mais cômodo e confia apenas na descrição do imóvel feita pelos corretores. O conforto, no entanto, pode virar um pesadelo quando as chaves forem entregues. "Recentemente, vistoriei um empreendimento localizado em uma rua com problema de drenagem. Chovia e a água subia quase um metro", conta Galvão Neto. Ou seja, se os futuros condôminos deste novo prédio não tiverem a precaução de conversar com os moradores da região, poderão ter uma surpresa todas as vezes que nuvens negras se formarem no céu. Bancar o detetive para apurar questões como a infraestrutura urbana, os serviços de água e esgoto e até a presença de feiras ou festas na rua é essencial. Um bom passeio pela vizinhança pode garantir também um esboço sobre a média do IPTU e das taxas condominiais da região. Por outro lado, caso você feche o contrato fora do estabelecimento comercial, o Código de Defesa do Consumidor dá o direito de desistir da compra num período de sete dias. Mas sempre vale a pena checar tudo antes de assinar o contrato.


5 - Não subestime a maquete: Por mais bonita que seja, a maquete não é mero objeto de decoração do estande de vendas. É, sim, o principal instrumento para sua tomada de decisão. Por isso, examine a composição de cada item e pergunte se o que está ali corresponde à realidade do futuro empreendimento. Assim, na hora de escolher o apartamento para comprar, guie-se pelas coordenadas da maquete. "Os apartamentos da face sul tem menor insolação, nos da face norte sempre bate mais sol", afirma o presidente do Secovi-SP. Verifique também para onde dá a vista de cada imóvel - esse tipo de questionamento pode influenciar o preço do apartamento e, no futuro, sua valorização.


6 - Tudo pode ser usado no tribunal: A prevenção é sempre uma ótima aliada para quem está adquirindo um imóvel na planta. Os especialistas recomendam que o comprador guarde todos os papeis ou registros escritos que lhe forem entregues por funcionários da administradora. Vale até folhetos promocionais e e-mails trocados com os corretores. "Tente fazer as perguntas sempre por escrito para ter uma garantia", diz Galvao Neto. Todo este material pode servir como prova caso haja algum abuso por parte da empresa. Não é regra, mas por cautela, vale registrar todo este arquivo no cartório de registro de titulos e documentos.


7 - Torne oficial: Ao fechar o compromisso de compra e venda do imóvel, muitas pessoas se esquecem de registrar o documento. No entanto, pelas leis brasileiras, a propriedade só é transferida após o registro da escritura no cartório de registro de imóveis. "Não basta verificar a vida da pessoa que está vendendo. Sem o registro, você não tem os direitos sobre a propriedade", afirma Patrícia Ferraz. Ela exemplifica com um caso em que a proprietária de um imóvel decidiu registrar a escritura em cartório apenas alguns anos após a compra. "Neste período, a pessoa que vendeu o imóvel ficou com débito na previdência e o patrimônio ficou indisponibilizado", diz. Por outro lado, se você registrar o contrato, a incorporadora será obrigada a pedir sua autorização para qualquer mudança no projeto inicial, por exemplo. Para evitar gastos em dobro no cartório, muita gente não recorre a esta conduta. No entanto, no estado de São Paulo, é possível pagar 30% do valor final do registro da escritura no registro do compromisso de compra e venda do imóvel. Os outros 70% podem ser pagos na hora de registrar a escritura.


8 - Consulte o tabelião: Neste processo, outra dica é firmar o contrato sempre com a assessoria jurídica de um tabelião. Boa parte das construtoras de imóveis tem parceria com advogados que fazem este serviço. No entanto, estima-se que a economia seja de 20% a 40% quando se estabelece uma escritura pública em vez de um contrato particular. Por não ter ligação com nenhuma das partes do acordo, a assessoria do tabelião para compor o contrato será mais imparcial e, por isso, menos arriscada para os compradores. Não são raros os casos de irregularidades neste tipo de contrato - que podem passar "despercebidas", dependendo da parceria do assessor jurídico com a incorporadora. Além disso, caso a construtora se torne inadimplente e não termine a obra, compradores que recorreram à escritura pública tornam-se automaticamente proprietários de parte do terreno onde o imóvel seria construído. Fato que garante maior segurança para a transação.


9 - Fique de olho na política de juros: Um abuso comum neste tipo de transação são os chamados juros no pé. Até a entrega das chaves, o comprador tem a garantia de que não precisará pagar juros. No entanto, assim que o imóvel fica pronto, a incorporadora passa a cobrar juros sobre todo o período financiado. Uma portaria de 2001 emitida pela Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça considera a prática irregular. No entanto, o assunto não é consensual entre os juristas. Há histórico de ações judiciais que deram ganho de causa para as construtoras que cobraram os juros. Para evitar problemas, recomenda-se criar uma cláusula no contrato que determine a rescisão ou devolução do dinheiro em casos como esse.


10 - Seja beneficiário do seguro: Fique atento aos contratos firmados com as companhias de seguro. Este tipo de acordo serve de garantia tanto para os casos de inadimplência do comprador quanto para irregularidades da administradora. Por isso, fique atento às clausulas que determinam quem é o beneficiário do contrato. Se for a incorporadora, em caso de atraso da obra, ela terá o direito de receber a indenização e ao comprador restará o prejuízo.


E finalmente, consulte um corretor de imóveis credenciado (como eu) de sua confiança.


Fonte: Portal Exame