domingo, 29 de novembro de 2009

Condomínios que parecem clube: muito mais do que segurança, os novos empreendimentos buscam trazer mais qualidade de vida aos moradores


Quem tem filhos e mora em grandes centros urbanos sabe o quanto vale morar em um condomínio que ofereça toda a infraestrutura de lazer necessária para entreter as crianças, sem que seja preciso ultrapassar os limites do empreendimento.

“Até os 18 anos as crianças precisam de espaço para brincar, estudar e se divertir, o que motiva o interesse dos casais por esse tipo de estrutura”, afirma Rejane Marchiori, da construtora Rossi.

À primeira vista, tamanho espaço e variedade de equipamentos pode parecer luxo, mas se pensarmos em comodidade e segurança, tudo muda de figura.

Além de porteiros, câmeras e a velha e querida piscina, os empreendimentos residenciais que mais parecem clubes trazem diferenciais para toda a família, como espaços para relaxamento, cuidados pessoais, eventos particulares, trabalho, estudo, esporte e convívio social.

“A piscina tem raia ou prainha. A sala de ginástica ganha atributos profissionais, com aparelhos modernos e ergonômicos, além da existência de pista de cooper, quadras poliesportivas, de tênis e até mesmo golfe”, afirma Caroline Teixeira, diretora de marketing e comercial da construtora Norcon.


Opções de lazer e serviço surpreendem


Em três construções da MBigucci, por exemplo, foram instalados sauna, half de skate, espaço gourmet, academia de ginástica, home theater, churrasqueira, forno para pizza, cyber room, sala de recreação infantil, salão de jogos adulto e infantil, sauna seca e vapor.

“Há, ainda, empreendimentos com tenda para massagem, espaço mulher, pista de dança, espaço zen, lan house e espelho d’água, tudo cercado de muito verde, pracinhas e um moderno paisagismo”, diz Robson Toneto, diretor de vendas da construtora MBigucci.

Para se ter uma ideia da quantidade de opções de lazer disponíveis nesse tipo de empreendimento, no Living Club Jardim do Golf, em São Paulo, os moradores contam com mais de 50 opções de lazer, distribuídas em quase 7 mil m² de terreno.

Criado pela Brookfield Incorporações, o condomínio tem complexo aquático, solarium, praça e uma academia Reebok. Em outro lançamento da incorporadora, o Ile Eco Life, no bairro do Morumbi, há até mesmo uma ilha verde com mais de 24 mil m².

Quem também aposta no segmento é a Rossi, com o Lumina Parque Clube, um residencial paulistano que conta com pet space (para os animais de estimação), cinema, redário, pista de bicicross, ateliê e garage band, um espaço de ensaio para os futuros artistas. “Além disso, há um cuidado especial com o paisagismo”, completa Rejane Marchiori, gerente de marketing da regional São Paulo.

De olho no crescente interesse do público por esse tipo de condomínio, a JHSF lançou em Salvador o Horto Bela Vista. “Lá temos lazer completo e seguro. Piscina coberta e aquecida, fitness, sauna, salão de jogos, cinema, restaurante, brinquedoteca, salão de beleza e de festas gourmet”, explica Luciano Amaral, diretor do empreendimento.

Mas atenção, antes de assinar o contrato, certifique-se que todos os espaços comuns serão entregues equipados para não ter surpresas e custos adicionais no recebimento das chaves.


Katia Deuter, especial para o iG

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A Receita Federal já tem alguns resultados da “Operação Mansões” em Jundiaí, Bauru e São José do Rio Preto.

A operação prevê a convocação de 10 mil proprietários de obras de construção civil de alto padrão, localizadas principalmente em condomínios fechados e balneários do Estado de São Paulo, para cobrar o recolhimento das contribuições previdenciárias incidentes sobre o total dos salários dos trabalhadores empregados nessas edificações. O valor devido à Seguridade Social é estimado em R$ 1,5 bilhão.

A unidade da Receita Federal em Jundiaí, que já concluiu a fase de intimação dos contribuintes, obteve como resultado a regularização espontânea – sem abertura de ação fiscal – com recolhimento da contribuição de 85% das obras inicialmente selecionadas.

Na região de Bauru, o recolhimento previdenciário atingiu R$ 4,8 milhões e está programada a notificação de 17 obras com área construída acima de 2 mil metros quadrados.

Em São José do Rio Preto, a Delegacia da Receita Federal realizou, no primeiro semestre, levantamento aéreo em regiões de condomínios fechados, com auxílio do helicóptero da Receita empregado nas ações de combate ao contrabando e descaminho.


Fonte: R7

A seguir, três especialistas de diferentes setores ensinam os principais cuidados que todo comprador deve tomar antes, durante e depois do processo de compra de um imóvel na planta:


1 - Defina seus critérios: Antes de começar a peregrinação pelos estandes das incorporadoras, lembre-se que a compra de um imóvel na planta é uma transação de longo prazo. É um tipo de negócio que sempre requer muita análise prévia sobre suas necessidades e realidade financeira nos próximos anos. "A pessoa deve se perguntar qual é o tamanho da prestação que cabe no bolso e qual é a necessidade da família. Quando isso estiver claro, você está pronto para procurar o imóvel adequado para seu perfil", afirma João Crestana, presidente do Secovi-SP, o sindicato da habitação. De acordo com ele, esse simples "cálculo" é suficiente para manter o comprador longe de fechar contratos por impulso.


2 - Bisbilhote o passado da construtora: "Para escapar de problemas, firme contratos com incorporadoras que tenham uma boa reputação no mercado", diz Octávio Galvão Neto, coordenador da Câmara de Avaliação do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de São Paulo (IBAPE/SP). Não é possível chegar a conclusões concretas sobre a idoneidade da empresa com apenas algumas conversas com o corretor imobiliário no estande de vendas. Segundo especialistas, a primeira estratégia pra se prevenir de eventuais dores de cabeça com empreendimentos imobiliários é analisar o histórico da construtora. E isso demanda muita sola de sapato. É comum, por exemplo, que alguns prédios apresentem vícios na construção, como fissuras, infiltrações e outras deficiências resultantes de um mau planejamento arquitetônico - ou mesmo do uso de materiais de construção de baixa qualidade. Prever esse tipo de problema, contudo, é praticamente impossível. Por isso, aconselha Galvão, uma visita a outros lançamentos da construtora é indispensável. "Os problemas tendem a se repetir", diz. Assim, a dica é investigar com os moradores sobre possíveis atrasos na obra, problemas de infraestrutura e descumprimento de promessas. Verifique também se a empresa tem pendências na Justiça ou reclamações na Fundação Procon. Para conferir se a administradora pisou na bola com outros clientes, consulte a lista de reclamações no site do Procon.


3 - Atenção aos documentos: Para não cair em golpes, peça sempre uma cópia do memorial de incorporação da obra. Se o corretor disser que a construção ainda não possui, então nem continue a conversa. "É crime levantar um empreendimento sem estes documentos", diz Crestana, do Secovi. A lei 4591, de 1964, determina que, antes de iniciar qualquer negociação imobiliária, as incorporadoras devem registrar no cartório de imóveis um conjunto de quinze documentos. Entre eles estão a prova da propriedade do terreno, o projeto de construção aprovado pela prefeitura, o cálculo exato da área do imóvel e a descrição do acabamento e material utilizado na construção. "No memorial, tudo é descrito de maneira bem minuciosa. É preciso prestar muita atenção nesses itens", afirma Patrcia Ferraz, presidente da Associação dos Notários e Registradores do Estado de São Paulo (Anoreg-SP). Isso porque é muito fácil se encantar com a decoração dos apartamentos em exposição ou com as promessas dos corretores. No entanto, apenas o memorial de incorporação oferece uma dimensão concreta do imóvel que está sendo comprado.


4 - Visite a obra pessoalmente: Não visitar o local de construção da obra é um dos piores erros de quem está negociando um imóvel na planta. É comum que os estandes de vendas das construtoras fiquem em locais mais movimentados, como shopping centers. Muita gente opta pelo mais cômodo e confia apenas na descrição do imóvel feita pelos corretores. O conforto, no entanto, pode virar um pesadelo quando as chaves forem entregues. "Recentemente, vistoriei um empreendimento localizado em uma rua com problema de drenagem. Chovia e a água subia quase um metro", conta Galvão Neto. Ou seja, se os futuros condôminos deste novo prédio não tiverem a precaução de conversar com os moradores da região, poderão ter uma surpresa todas as vezes que nuvens negras se formarem no céu. Bancar o detetive para apurar questões como a infraestrutura urbana, os serviços de água e esgoto e até a presença de feiras ou festas na rua é essencial. Um bom passeio pela vizinhança pode garantir também um esboço sobre a média do IPTU e das taxas condominiais da região. Por outro lado, caso você feche o contrato fora do estabelecimento comercial, o Código de Defesa do Consumidor dá o direito de desistir da compra num período de sete dias. Mas sempre vale a pena checar tudo antes de assinar o contrato.


5 - Não subestime a maquete: Por mais bonita que seja, a maquete não é mero objeto de decoração do estande de vendas. É, sim, o principal instrumento para sua tomada de decisão. Por isso, examine a composição de cada item e pergunte se o que está ali corresponde à realidade do futuro empreendimento. Assim, na hora de escolher o apartamento para comprar, guie-se pelas coordenadas da maquete. "Os apartamentos da face sul tem menor insolação, nos da face norte sempre bate mais sol", afirma o presidente do Secovi-SP. Verifique também para onde dá a vista de cada imóvel - esse tipo de questionamento pode influenciar o preço do apartamento e, no futuro, sua valorização.


6 - Tudo pode ser usado no tribunal: A prevenção é sempre uma ótima aliada para quem está adquirindo um imóvel na planta. Os especialistas recomendam que o comprador guarde todos os papeis ou registros escritos que lhe forem entregues por funcionários da administradora. Vale até folhetos promocionais e e-mails trocados com os corretores. "Tente fazer as perguntas sempre por escrito para ter uma garantia", diz Galvao Neto. Todo este material pode servir como prova caso haja algum abuso por parte da empresa. Não é regra, mas por cautela, vale registrar todo este arquivo no cartório de registro de titulos e documentos.


7 - Torne oficial: Ao fechar o compromisso de compra e venda do imóvel, muitas pessoas se esquecem de registrar o documento. No entanto, pelas leis brasileiras, a propriedade só é transferida após o registro da escritura no cartório de registro de imóveis. "Não basta verificar a vida da pessoa que está vendendo. Sem o registro, você não tem os direitos sobre a propriedade", afirma Patrícia Ferraz. Ela exemplifica com um caso em que a proprietária de um imóvel decidiu registrar a escritura em cartório apenas alguns anos após a compra. "Neste período, a pessoa que vendeu o imóvel ficou com débito na previdência e o patrimônio ficou indisponibilizado", diz. Por outro lado, se você registrar o contrato, a incorporadora será obrigada a pedir sua autorização para qualquer mudança no projeto inicial, por exemplo. Para evitar gastos em dobro no cartório, muita gente não recorre a esta conduta. No entanto, no estado de São Paulo, é possível pagar 30% do valor final do registro da escritura no registro do compromisso de compra e venda do imóvel. Os outros 70% podem ser pagos na hora de registrar a escritura.


8 - Consulte o tabelião: Neste processo, outra dica é firmar o contrato sempre com a assessoria jurídica de um tabelião. Boa parte das construtoras de imóveis tem parceria com advogados que fazem este serviço. No entanto, estima-se que a economia seja de 20% a 40% quando se estabelece uma escritura pública em vez de um contrato particular. Por não ter ligação com nenhuma das partes do acordo, a assessoria do tabelião para compor o contrato será mais imparcial e, por isso, menos arriscada para os compradores. Não são raros os casos de irregularidades neste tipo de contrato - que podem passar "despercebidas", dependendo da parceria do assessor jurídico com a incorporadora. Além disso, caso a construtora se torne inadimplente e não termine a obra, compradores que recorreram à escritura pública tornam-se automaticamente proprietários de parte do terreno onde o imóvel seria construído. Fato que garante maior segurança para a transação.


9 - Fique de olho na política de juros: Um abuso comum neste tipo de transação são os chamados juros no pé. Até a entrega das chaves, o comprador tem a garantia de que não precisará pagar juros. No entanto, assim que o imóvel fica pronto, a incorporadora passa a cobrar juros sobre todo o período financiado. Uma portaria de 2001 emitida pela Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça considera a prática irregular. No entanto, o assunto não é consensual entre os juristas. Há histórico de ações judiciais que deram ganho de causa para as construtoras que cobraram os juros. Para evitar problemas, recomenda-se criar uma cláusula no contrato que determine a rescisão ou devolução do dinheiro em casos como esse.


10 - Seja beneficiário do seguro: Fique atento aos contratos firmados com as companhias de seguro. Este tipo de acordo serve de garantia tanto para os casos de inadimplência do comprador quanto para irregularidades da administradora. Por isso, fique atento às clausulas que determinam quem é o beneficiário do contrato. Se for a incorporadora, em caso de atraso da obra, ela terá o direito de receber a indenização e ao comprador restará o prejuízo.


E finalmente, consulte um corretor de imóveis credenciado (como eu) de sua confiança.


Fonte: Portal Exame