segunda-feira, 4 de abril de 2011

Novas sacadas garantem conforto e valorização

A analista de licitação Denise Morais mora há cinco anos em um apartamento que não tem sacada e, a partir do momento em que pensou na possibilidade de ter um imóvel próprio e sair do aluguel, optar por um empreendimento que contasse com essa área esteve sempre na sua lista de prioridades.

E Denise não é a única a fazer essa exigência. Em busca de um lar mais aconchegante, uma tendência verificada na construção dos novos prédios residenciais é a otimização e ampliação dos espaços, em especial, das sacadas.

Segundo Téo Granado, diretor da Pedro Granado Imóveis, isso é resultado de uma evolução do local que antigamente era um dos mais esquecido dos imóveis – isso quando disponibilizado – e que hoje vem sendo transformado em uma grande "sala ao ar livre".

Neste contexto, as novas sacadas podem contar com mesas, churrasqueiras, pias e até mesmo geladeiras próprias para diversas ocasiões, deixando para trás, então, a velha estigma de que servia somente como uma alternativa para entrada de ar e luz, sendo uma área pouco usada pelos moradores.

"Com a mudança, esta é a possibilidade do morador de desfrutar da segurança que um apartamento possui, ao passo em que aproveita, da mesma forma, todo o conforto de uma área arejada e agradável para relaxar. É como se estivesse na varanda de uma casa", explica Granado.

Reunião
 
Além de um lugar para descansar e colocar a conversa em dia, outro ponto positivo para as sacadas modernas é que elas permitem a realização de confraternizações e jantares mais informais sem que haja a necessidade de sair do apartamento para uma área externa do condomínio, como o salão de festas, por exemplo.

Nesse sentido, o diretor regional da Plaenge Empreendimentos, Leonardo Fabian, explica que, para aqueles que querem ainda mais espaço, projetos arquitetônicos preveem a integração das sacadas a outros espaços, (veja no box) criando, assim, um único ambiente.

"Essa iniciativa chega para atender ao novo conceito do mercado imobiliário e da construção civil de que é preciso agregar valores aos ambientes", diz.
 
Valorização
 
A ampliação das sacadas não vem somente para privilegiar os aspectos sociais e oferecer mais conforto aos moradores. Ela é uma forma, também, de valorizar consideravelmente o empreendimento.
 
"O consumidor faz questão de ter um imóvel que siga os novos padrões de moradia e quer, portanto, uma sacada moderna e pronta para atender a todas as suas necessidades. Desse modo, o apartamento que consegue se enquadrar nesses parâmetros, certamente, tem um melhor valor de mercado", garante Fabian.


Fonte:  Clip Imobiliário 
 
Sugestões de decoração de varandas:
 
3 varandas de apartamentos

Recantos urbanos: apartamentos ganham ar bucólico com varandas que convidam ao relax.

Por Eliana Medina e Roberta Akan


3,40 m²

Um dia foi suficiente para a montagem deste espaço descontraído em São Paulo. “É um pedaço de verde na selva de pedra”, diz o arquiteto Neto Porpino. A metragem reduzida foi driblada com o jardim em vasos, que traz cores e hortaliças. Fixados com bucha, os suportes feitos sob medida pela Ferro em Estilo (que promete entrega em três dias) sustentam os cachepôs da Rizzo Embalagens. O piso original recebeu um deck de pínus autoclavado (Madeireira Castor) ladeado por pedriscos. Uma manta para drenagem (FG Import), disposta apenas sobre o ralo, assegura que as pedras não o invadam e acabem entupindo a instalação.

Na suíte - Hortinha vertical - Planta


6,90 m²

A cobertura em São Paulo dispõe de outras varandas além desta, o que permitiu usar este espaço somente para abrigar as plantas. “Ao retirarmos a cerâmica original do piso, encontramos cerca de 35 cm de profundidade, ocupados por argila expandida. Nesse desnível em relação à sala aplicamos terra e fizemos um jardim vigoroso”, diz a arquiteta e paisagista Vera Vella, da B2V Arquitetura, que providenciou impermeabilização com manta asfáltica (NDJ Engenharia). Destaque para a pérgula de eucalipto autoclavado (São Paulo Quiosques). Pinos de ferro fixam os pilares no contrapiso e o travamento da estrutura é feito por duas vigas e cerca de 30 caibros na cobertura.

Planta


15,60 m²

Bambu, madeira, pedras. A paisagista paulistana Paula Galbi descartou componentes sintéticos neste projeto para ser fiel na reprodução da natureza. “Não queria que nada quebrasse a harmonia deste espaço de leitura e descanso”, diz ela. Ligados por ferro, painéis de bambus (Flora & Arte) ocultam a base da churrasqueira e fazem as vezes de porta do armário abaixo da bancada da pia. A vegetação contempla floração no inverno (jade), outono (bálsamo), primavera e verão (primavera). Orquídeas, cactos e suculentas também emprestam suas flores em diferentes épocas.

Em formato de L - Planta

A seguir, três especialistas de diferentes setores ensinam os principais cuidados que todo comprador deve tomar antes, durante e depois do processo de compra de um imóvel na planta:


1 - Defina seus critérios: Antes de começar a peregrinação pelos estandes das incorporadoras, lembre-se que a compra de um imóvel na planta é uma transação de longo prazo. É um tipo de negócio que sempre requer muita análise prévia sobre suas necessidades e realidade financeira nos próximos anos. "A pessoa deve se perguntar qual é o tamanho da prestação que cabe no bolso e qual é a necessidade da família. Quando isso estiver claro, você está pronto para procurar o imóvel adequado para seu perfil", afirma João Crestana, presidente do Secovi-SP, o sindicato da habitação. De acordo com ele, esse simples "cálculo" é suficiente para manter o comprador longe de fechar contratos por impulso.


2 - Bisbilhote o passado da construtora: "Para escapar de problemas, firme contratos com incorporadoras que tenham uma boa reputação no mercado", diz Octávio Galvão Neto, coordenador da Câmara de Avaliação do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de São Paulo (IBAPE/SP). Não é possível chegar a conclusões concretas sobre a idoneidade da empresa com apenas algumas conversas com o corretor imobiliário no estande de vendas. Segundo especialistas, a primeira estratégia pra se prevenir de eventuais dores de cabeça com empreendimentos imobiliários é analisar o histórico da construtora. E isso demanda muita sola de sapato. É comum, por exemplo, que alguns prédios apresentem vícios na construção, como fissuras, infiltrações e outras deficiências resultantes de um mau planejamento arquitetônico - ou mesmo do uso de materiais de construção de baixa qualidade. Prever esse tipo de problema, contudo, é praticamente impossível. Por isso, aconselha Galvão, uma visita a outros lançamentos da construtora é indispensável. "Os problemas tendem a se repetir", diz. Assim, a dica é investigar com os moradores sobre possíveis atrasos na obra, problemas de infraestrutura e descumprimento de promessas. Verifique também se a empresa tem pendências na Justiça ou reclamações na Fundação Procon. Para conferir se a administradora pisou na bola com outros clientes, consulte a lista de reclamações no site do Procon.


3 - Atenção aos documentos: Para não cair em golpes, peça sempre uma cópia do memorial de incorporação da obra. Se o corretor disser que a construção ainda não possui, então nem continue a conversa. "É crime levantar um empreendimento sem estes documentos", diz Crestana, do Secovi. A lei 4591, de 1964, determina que, antes de iniciar qualquer negociação imobiliária, as incorporadoras devem registrar no cartório de imóveis um conjunto de quinze documentos. Entre eles estão a prova da propriedade do terreno, o projeto de construção aprovado pela prefeitura, o cálculo exato da área do imóvel e a descrição do acabamento e material utilizado na construção. "No memorial, tudo é descrito de maneira bem minuciosa. É preciso prestar muita atenção nesses itens", afirma Patrcia Ferraz, presidente da Associação dos Notários e Registradores do Estado de São Paulo (Anoreg-SP). Isso porque é muito fácil se encantar com a decoração dos apartamentos em exposição ou com as promessas dos corretores. No entanto, apenas o memorial de incorporação oferece uma dimensão concreta do imóvel que está sendo comprado.


4 - Visite a obra pessoalmente: Não visitar o local de construção da obra é um dos piores erros de quem está negociando um imóvel na planta. É comum que os estandes de vendas das construtoras fiquem em locais mais movimentados, como shopping centers. Muita gente opta pelo mais cômodo e confia apenas na descrição do imóvel feita pelos corretores. O conforto, no entanto, pode virar um pesadelo quando as chaves forem entregues. "Recentemente, vistoriei um empreendimento localizado em uma rua com problema de drenagem. Chovia e a água subia quase um metro", conta Galvão Neto. Ou seja, se os futuros condôminos deste novo prédio não tiverem a precaução de conversar com os moradores da região, poderão ter uma surpresa todas as vezes que nuvens negras se formarem no céu. Bancar o detetive para apurar questões como a infraestrutura urbana, os serviços de água e esgoto e até a presença de feiras ou festas na rua é essencial. Um bom passeio pela vizinhança pode garantir também um esboço sobre a média do IPTU e das taxas condominiais da região. Por outro lado, caso você feche o contrato fora do estabelecimento comercial, o Código de Defesa do Consumidor dá o direito de desistir da compra num período de sete dias. Mas sempre vale a pena checar tudo antes de assinar o contrato.


5 - Não subestime a maquete: Por mais bonita que seja, a maquete não é mero objeto de decoração do estande de vendas. É, sim, o principal instrumento para sua tomada de decisão. Por isso, examine a composição de cada item e pergunte se o que está ali corresponde à realidade do futuro empreendimento. Assim, na hora de escolher o apartamento para comprar, guie-se pelas coordenadas da maquete. "Os apartamentos da face sul tem menor insolação, nos da face norte sempre bate mais sol", afirma o presidente do Secovi-SP. Verifique também para onde dá a vista de cada imóvel - esse tipo de questionamento pode influenciar o preço do apartamento e, no futuro, sua valorização.


6 - Tudo pode ser usado no tribunal: A prevenção é sempre uma ótima aliada para quem está adquirindo um imóvel na planta. Os especialistas recomendam que o comprador guarde todos os papeis ou registros escritos que lhe forem entregues por funcionários da administradora. Vale até folhetos promocionais e e-mails trocados com os corretores. "Tente fazer as perguntas sempre por escrito para ter uma garantia", diz Galvao Neto. Todo este material pode servir como prova caso haja algum abuso por parte da empresa. Não é regra, mas por cautela, vale registrar todo este arquivo no cartório de registro de titulos e documentos.


7 - Torne oficial: Ao fechar o compromisso de compra e venda do imóvel, muitas pessoas se esquecem de registrar o documento. No entanto, pelas leis brasileiras, a propriedade só é transferida após o registro da escritura no cartório de registro de imóveis. "Não basta verificar a vida da pessoa que está vendendo. Sem o registro, você não tem os direitos sobre a propriedade", afirma Patrícia Ferraz. Ela exemplifica com um caso em que a proprietária de um imóvel decidiu registrar a escritura em cartório apenas alguns anos após a compra. "Neste período, a pessoa que vendeu o imóvel ficou com débito na previdência e o patrimônio ficou indisponibilizado", diz. Por outro lado, se você registrar o contrato, a incorporadora será obrigada a pedir sua autorização para qualquer mudança no projeto inicial, por exemplo. Para evitar gastos em dobro no cartório, muita gente não recorre a esta conduta. No entanto, no estado de São Paulo, é possível pagar 30% do valor final do registro da escritura no registro do compromisso de compra e venda do imóvel. Os outros 70% podem ser pagos na hora de registrar a escritura.


8 - Consulte o tabelião: Neste processo, outra dica é firmar o contrato sempre com a assessoria jurídica de um tabelião. Boa parte das construtoras de imóveis tem parceria com advogados que fazem este serviço. No entanto, estima-se que a economia seja de 20% a 40% quando se estabelece uma escritura pública em vez de um contrato particular. Por não ter ligação com nenhuma das partes do acordo, a assessoria do tabelião para compor o contrato será mais imparcial e, por isso, menos arriscada para os compradores. Não são raros os casos de irregularidades neste tipo de contrato - que podem passar "despercebidas", dependendo da parceria do assessor jurídico com a incorporadora. Além disso, caso a construtora se torne inadimplente e não termine a obra, compradores que recorreram à escritura pública tornam-se automaticamente proprietários de parte do terreno onde o imóvel seria construído. Fato que garante maior segurança para a transação.


9 - Fique de olho na política de juros: Um abuso comum neste tipo de transação são os chamados juros no pé. Até a entrega das chaves, o comprador tem a garantia de que não precisará pagar juros. No entanto, assim que o imóvel fica pronto, a incorporadora passa a cobrar juros sobre todo o período financiado. Uma portaria de 2001 emitida pela Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça considera a prática irregular. No entanto, o assunto não é consensual entre os juristas. Há histórico de ações judiciais que deram ganho de causa para as construtoras que cobraram os juros. Para evitar problemas, recomenda-se criar uma cláusula no contrato que determine a rescisão ou devolução do dinheiro em casos como esse.


10 - Seja beneficiário do seguro: Fique atento aos contratos firmados com as companhias de seguro. Este tipo de acordo serve de garantia tanto para os casos de inadimplência do comprador quanto para irregularidades da administradora. Por isso, fique atento às clausulas que determinam quem é o beneficiário do contrato. Se for a incorporadora, em caso de atraso da obra, ela terá o direito de receber a indenização e ao comprador restará o prejuízo.


E finalmente, consulte um corretor de imóveis credenciado (como eu) de sua confiança.


Fonte: Portal Exame